O palestino Hamdan Ballal, um dos diretores do documentário “Sem Chão”, vencedor do Oscar, foi linchado por colonos israelenses e sequestrado por militares das Forças de Defesa de Israel que atuam na Cisjordânia ocupada. As informações são do jornal israelense Haaretz.
Os ataques ocorreram nesta segunda-feira (24), perto do assentamento israelense de Susya. As Forças de Defesa de Israel informaram que o caso está sob investigação, mas não forneceram outros detalhes.
De acordo com o relato de Yuval Abraham, jornalista israelense que também dirigiu o documentário, após ser ferido por colonos, Ballal foi colocado em uma ambulância, mas retirado por militares israelenses enquanto recebia tratamento.
Abraham afirma que Ballal tinha ferimentos na cabeça e na barriga e que estava sangrando. “Colonos invadiram casas, atiraram pedras, quebraram janelas e veículos e agrediram violentamente moradores e ativistas de solidariedade. Várias pessoas ficaram feridas”, disse o ativista palestino Ihab Hassan, uma das testemunhas do ataque, na rede social X.
“Quando a ambulância chegou para Hamdan, soldados israelenses a invadiram e o levaram. Não há sinal dele desde então”, escreveu Abraham.
A agência de notícias Associated Press noticiou que testemunhas afirmaram que um grupo de 10 a 20 colonos mascarados atacou Ballal e outros ativistas judeus com pedras e bastões, além de quebrar os vidros de seus carros e furar os pneus.
“Não sabemos onde Hamdan está porque ele foi levado vendado”, disse Josh Kimelman, um dos ativistas que estavam no local, à agência.
Dirigido por israelenses e palestinos, o documentário “Sem Chão” mostra a vida de palestinos da Cisjordânia que convivem com a violência de colonos e militares israelenses.
Genocídio apoiado por Trump
Patrocinado pelo facínora Benjamin Netanyahu, o extermínio de palestinos ganhou endosso com o retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos. Trump, que governa a principal potência militar do planeta de forma esquizofrênica, até porque o republicano vive realidade paralela, tem apoiado o genocídio na Faixa de Gaza com o intuito de transformar o enclave palestino em megaempreendimento imobiliário de luxo.
Netanyahu, criminoso de guerra, precisa levar adiante o genocídio para manter-se no poder, pois corre sério risco de ser preso por de suborno, fraude e abuso da confiança pública em três casos distintos.
No primeiro caso, Netanyahu e sua esposa, Sara Ben-Artzi, são acusados de aceitar mais de US$ 260 mil em artigos de luxo – cigarros, joias e champanhe – de bilionários em troca de favores políticos.
Os outros dois envolvem supostas tentativas de Netanyahu de negociar cobertura mais favorável em dois meios de comunicação israelenses em troca de enfraquecer a concorrência e favorecer operação comercial do proprietário do grupo, respectivamente.
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