À frente de um governo embalado pela esquizofrenia política, afinal os atuais inquilinos da Casa Branca vivem uma realidade paralela, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (2) um “tarifaço” global no campo de impostos de importação, com os produtos brasileiros sendo taxados em ao menos 10%. A data foi nomeada pelo republicano como o “Dia de Libertação”.
Trump anunciou a nova política comercial norte-americana ancorado na regra da reciprocidade entre os países. Para tanto, adotará critérios relacionados à taxação de produtos americanos no exterior. A meta é iniciar a correção do déficit de US$ 1,2 trilhão que o país soma com o resto do planeta.
A decisão
Os Estados Unidos decidiram aplicar tarifa de 25% sobre todos os automóveis importados a partir de 3 de abril. As autopeças, por sua vez, serão taxadas a partir de 3 de maio. Atualmente, a taxa é de 2,5%.
Durante o anúncio do tarifaço, Trump usou uma tabela para demonstrar as novas taxas que serão impostas aos países e à União Europeia. A forma de cálculo será a de aplicar tarifas que correspondam à metade do que os bens americanos são taxados.
O Japão, por exemplo, impõe taxa média de 46% aos bens produzidos nos EUA. Seguindo a nova regra, a partir de agora os americanos aplicarão taxa de 24% sobre os bens japoneses. A regra valerá para todos os países com os quais os EUA mantêm relações comerciais.
Brasil na mira
De acordo com a Casa Branca, o Brasil aplica tarifa de 10% e será alvo de taxação com percentual idêntico, o que foge à regra anunciada por Donald Trump.
O governo brasileiro e o setor privado do País contestam a conclusão da Casa Branca, sob a alegação de que o imposto de importação aplicado pelo Brasil para bens americanos é de 2,7%.
O tarifaço de Donald Trump é a ponta de lança de uma declarada guerra comercial global, que elevará sobremaneira a inflação ao redor do planeta e provocará forte recessão
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