Tarifas de importação impostas pelos EUA à China somam 145%, informa a Casa Branca

À beira de inusitada desmoralização, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tenta “sair das cordas” com o acirramento da guerra comercial contra a China.

Nesta quinta-feira (10), a Casa Branca esclareceu nesta quinta-feira (10) que a tarifa total de importação imposta pelo esquizofrênico governo Trump aos chineses chega a 145%, valor superior ao anunciado no dia anterior.

De acordo com o gabinete de Trump, o valor inclui a taxa de 125% imposta como retaliação ao país asiático e outros 20% que já estavam em vigor desde janeiro como medida punitiva para supostamente conter o tráfico de fentanil.

As novas barreiras tarifárias aprofundam ainda mais a guerra comercial entre as duas maiores economias do planeta.

Na quarta-feira, Trump também decidiu reduzir para 10% as tarifas impostas aos demais países, valor que será aplicado por ao menos 90 dias.

Segundo o republicano, “mais de 75 países” teriam convocado representantes dos Estados Unidos ”para negociar uma solução” em relação ao tarifaço americano. Para o Brasil, não deverá haver mudança, porque o país já estava entre os taxados em 10%.

Trump disse ter esperança de que, “em futuro próximo, a China perceba que os dias de exploração dos EUA e de outros países não são mais sustentáveis ou aceitáveis”.

China e UE reagem

O anúncio de Trump é uma retaliação às medidas anunciadas mais cedo pela China, em resposta às barreiras tarifárias impostas por Washington. Pequim elevou a taxa de importação de produtos americanos a 84%. A medida chinesa entra em vigor nesta quinta-feira.

O governo chinês também impôs restrições de importação a 18 empresas americanas, principalmente em setores relacionados à defesa, ampliando a lista de outras 60 companhias já sancionadas na disputa.

O total de taxas sobre produtos chineses importados entrou em vigor na quarta-feira, mesma data em que passaram a valer as tarifas adicionais contra cerca de 60 países e a União Europeia.

“A escalada das tarifas dos EUA sobre a China é um erro em cima de um erro, que infringe seriamente os direitos e interesses legítimos da China e prejudica seriamente o sistema de comércio multilateral baseado em regras”, disse o Ministério das Finanças da China. O país já havia declarado disposição para “lutar até o fim” com o intuito de defender seus direitos comerciais.

Por outro lado, a União Europeia concordou, na quarta-feira, em avançar com suas próprias tarifas sobre as importações dos EUA em retaliação às taxas previamente anunciadas pelo presidente Donald Trump sobre o aço e o alumínio europeus. É a primeira retaliação do bloco na guerra comercial lançada por Trump.

As tarifas da UE variarão de 15% a 25%, sobre 21 bilhões de euros (cerca de R$ 133 bilhões) em produtos dos EUA, tendo como alvo produtos e commodities como soja, frutas, motocicletas, produtos de beleza, roupas e fio dental. Elas entrarão em vigor na próxima terça-feira.

“Essas contramedidas podem ser suspensas a qualquer momento, caso os EUA concordem com um resultado negociado justo e equilibrado”, disse a Comissão Europeia em um comunicado.

A proposta da UE foi discutida como resposta às tarifas impostas por Trump há cerca de um mês sobre importações de aço e alumínio, e não à recente taxa de 20% sobre as exportações da UE que passou a valer na quarta-feira. (Com agências internacionais)

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