Em fevereiro de 2013, quando o então deputado federal Eduardo Cunha foi eleito líder do MDB na Câmara, o UCHO.INFO afirmou, em matéria publicada na ocasião, que naquele momento começava o calvário de Dilma Rousseff, à época cumprindo a segunda metade do primeiro mandato presidencial.
Dilma teve coragem de resistir às chantagens de políticos que exigiam contrapartidas absurdas para aprovar matérias de interesse do governo. Esse movimento, que avançou de forma desordenada desde aquela época, principalmente na gestão de Jair Bolsonaro, especializou-se em fazer o Executivo refém de interesses criminosos.
Quando Cunha chegou ao comando da Câmara, Dilma continuou resistindo às chantagens e acabou alvo de um processo de impeachment descabido, baseado em eventual “pedalada fiscal”, que mais tarde ficou provado não ter ocorrido.
A investida do Parlamento sobre o Executivo é operada pelo Centrão, que, como sempre destacamos, é a banda peçonhenta da política brasileira.
A introdução acima serve para explicar a amnésia da grande imprensa, que ao noticiar a decisão do deputado federal Pedro Lucas Fernandes (União Brasil – MA) de recusar convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assumir o comando do Ministério das Comunicações.
As matérias informam a decisão do parlamentar, com destaque para o que foi rotulado como “vexame da reforma ministerial” e “constrangimento do governo”, mas ignoram a postura nada republicana do União Brasil, que ocupa três ministérios (incluso do de Comunicações).
Que o terceiro governo Lula está muito aquém das expectativas todos sabem, mas fechar os olhos para a realidade é covardia jornalística.
Os grandes veículos de comunicação precisam cada vez mais de manchetes e seus jornalistas não querem perder as fontes de informação, por isso poupam os políticos. Uma notícia pela metade prejudica a sociedade, que acredita no que é noticiado.
É de suma importância que a imprensa independente, da qual o UCHO.INFO faz parte, mostre a verdade dos fatos, pois noticiar questões isoladas serve apenas para camuflar o escárnio. Migrando para o campo da analogia, é o mesmo que retirar um tumor sem se preocupar com a origem da doença.
Deputados e senadores avançaram – e continuam avançando – sem pudor sobre os cofres estatais, o que significa executar o Orçamento da União, prerrogativa do governo, sem qualquer tipo de ônus ou responsabilidade. As chamadas emendas PIX são prova desse assalto institucionalizado.
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