
O polêmico ex-deputado republicano George Santos, filho de imigrantes brasileiros que se alçou à política nos Estados Unidos, foi condenado nesta sexta-feira (25) pela Justiça americana a sete anos de prisão.
Santos se elegeu à Câmara dos Representantes com um currículo inventado e pouco depois passou a enfrentar uma série de acusações por fraude e uso irregular de dinheiro de campanha, entre outras suspeitas.
Com seu mandato cassado em 2023, ele se declarou culpado por fraude eletrônica federal e falsidade ideológica em agosto de 2024. Santos admitiu ter enganado seus doadores e se apropriado da identidade de uma dezena de indivíduos, incluindo membros de sua própria família, para financiar sua campanha.
O filho de brasileiros de 36 anos selou um acordo judicial no qual aceitou pagar em torno de US$ 580 mil em multas e cumprir pena de prisão. A sentença da juíza Joanna Seybert, do tribunal de Long Island, condenou Santos a 87 meses de detenção, atendendo ao pedido dos promotores.
Carreira construída sobre mentiras
A promotoria afirmou que o ex-deputado não demonstrou arrependimento ou remorso genuíno em relação aos crimes que cometeu, apesar da carta que enviou ao tribunal nesta semana, na qual se disse profundamente arrependido pelos crimes, e reclamou que a pena proposta pela promotoria era severa demais.
Os promotores, contudo, mencionaram postagens recentes do republicano em redes sociais nas quais ele diz ser vítima de abusos pior parte da promotoria. A defesa pediu dois anos de prisão, que é a sentença mínima para o crime de roubo de identidade qualificado, alegando essa punição seria comparável a condenações anteriores aplicadas ao ex-deputado Jesse Jackson Jr. e outros políticos americanos condenados por crimes semelhantes.
Eleito em novembro de 2022, Santos logo foi acusado de inflar seu currículo e construir sua carreira política em cima de mentiras. Ele mentiu que era neto de sobreviventes do Holocausto, que a mãe escapou da morte durante os ataques às Torres Gêmeas em Nova York e que era judeu.
O ex-político tampouco trabalhou em Wall Street ou estudou na Universidade de Nova York, além de ter omitido que respondia a um processo por fraude no Brasil, de onde fugiu sem prestar contas. (Com agências internacionais)
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