Pouco antes da Missa das Exéquias, no funeral do Papa Francisco, os presidentes dos Estados Unidos e da Ucrânia, Donald Trump e Volodymyr Zelensky, respectivamente, reuniram-se rapidamente na Basílica de São Pedro. Andrii Yermak, Chefe de gabinete do presidente da Ucrânia, divulgou em suas redes uma foto do encontro.
“Boa reunião. Conversamos bastante pessoalmente. Espero que possamos chegar a um acordo em todos os pontos discutidos”, escreveu Zelenski nas redes após o encontro.
Outra imagem postada pela delegação ucraniana de dentro da Basílica também mostrou os dois líderes dentro da Basílica ao lado do premiê britânico Keir Starmer e do presidente francês Emmanuel Macron, com este último colocando a mão no ombro de Zelensky.
No momento, Trump pressiona o ucraniano a reconhecer o controle russo da Crimeia. Esse também foi o primeiro encontro entre os dois mandatários desde a tensa reunião na Casa Branca em fevereiro.
Steven Cheung, diretor de comunicações da Casa Branca, afirmou desta vez que os líderes “se encontraram em particular hoje e tiveram uma conversa muito produtiva”.
O alegado caráter “produtivo” do encontro é relativo, pois o que Trump deseja, de fato, é que Zelensky aceite passivamente a proposta extorsiva de Moscou. O presidente norte-americano aposta no êxito de uma trégua entre Urânia e Rússia, com forma de minimizar os estragos produzidos pelas irresponsáveis medidas adotadas até o momento, a começar pelo tarifaço.
Obrigar Zelensky a reconhecer a Península da Crimeia do território russo não configura negociação, mas submeter-se à vontade criminosa de Vladimir Putin.
Na hipótese de a espúria proposta avançar, o Leste europeu precisa estar atento para novas investida de Putin, que com na esteira da beligerância tenta distrair a opinião pública russa em relação à grave crise interna.
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