Lula ignora o cálculo político e insiste na indicação de Jorge Messias ao Supremo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sempre foi reconhecido pela habilidade política, mas atualmente o petista tem tropeçado em algumas decisões.

De olho na reeleição, plano que ganhou fôlego com a melhora dos resultados das pesquisas de opinião, Lula deveria ter mais cuidado ao se relacionar com o Congresso Nacional, onde nos últimos anos prosperou o banditismo político. Os que lá estão, deputados e senadores, ocupam-se apenas dos próprios interesses, cenário que alimenta o motor da chantagem.

Há dias, após o anúncio da aposentadoria antecipada de Luís Roberto Barroso, o presidente afirmou que indicaria ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma pessoa gabaritada. Dessa afirmação depreende-se que o indicado será alguém com notório saber jurídico.

O preferido de Lula para o posto é Jorge Messias, advogado-geral da União, cujo conhecimento jurídico não é dos mais empolgantes. O chefe do Executivo disse também que a escolha do indicado não aconteceria por amizade, mas a realidade dos fatos aponta, por enquanto, para a seara da camaradagem.

Se o próximo ministro do STF não será um baluarte do Direito, que Lula ao menos atenha-se ao cálculo político. Manter o sonho exige bom relacionamento com o Congresso, mesmo que no estilo “faz de conta”.

O candidato do Senado ao STF é Rodrigo Pacheco (PSD), advogado e senador por Minas Gerais. Presidente do Congresso, o senador Davi Alcolumbre (União Brasil – AP) defende a candidatura de Pacheco.

A indicação de Pacheco não apenas daria ao governo uma dose de tranquilidade na relação com o Parlamento, mas melhoraria a relação do STF com o Congresso.

Lula embarcou nesta terça-feira (21) para a Ásia, onde cumprirá agenda oficial, mas assessores palacianos garantem que a indicação de Jorge Messias acontecerá no retorno do presidente ao Brasil.

Se de fato o projeto de Lula é concorrer a mais um mandato, a melhor receita é descer do pedestal e trocar a bateria da calculadora política. Fazer a vontade da “companheirada” é um tiro no pé.

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