
Uma megaoperação das polícias Civil e Militar fluminenses contra a organização criminosa Comando Vermelho (CV) nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, resultou na morte e na prisão de dezenas de pessoas nesta terça-feira (28).
Os traficantes reagiram com ações em várias partes da cidade, ateando fogo a barricadas, atirando contra os policiais e utilizando drones com bombas. Vários criminosos foram vistos fugindo pela parte alta do Morro do Alemão.
Em razão dos bloqueios, o Centro de Operações e Resiliência (COR) do Rio elevou o estágio operacional da cidade para o nível 2, de uma escala de 5.
A operação policial conta com ao menos 2,5 mil membros das forças de segurança que visavam cumprir em torno de 100 mandados de prisão. A Polícia Militar do Rio de Janeiro colocou todo o seu efetivo na rua, suspendendo as atividades administrativas.
Até o meio da tarde, haviam sido contabilizados 64 mortos. Entre as vítimas estavam ao menos dois policiais civis e dois militares. Os outros mortos seriam traficantes que trocaram tiros com a polícia, informou o governo fluminense. Os policiais apreenderam 75 fuzis, duas pistolas e nove motocicletas.
Segundo relatos, três pessoas inocentes foram baleadas: um morador de rua, que foi atingido nas costas por uma bala perdida e levado para um hospital; uma mulher que estava em uma academia de ginástica e que já recebeu alta; e um homem que estava em um ferro-velho.
280 mil pessoas na área da operação
A ação policial desta terça seria mais uma etapa da Operação Contenção, uma iniciativa permanente do governo Cláudio Castro para conter os avanços do CV em todo o estado do Rio de Janeiro.
O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Santos, afirmou que cerca de 280 mil pessoas vivem nas áreas atingidas pela megaoperação.
“Lamentamos profundamente as pessoas feridas, mas essa é uma ação necessária, planejada, com inteligência, e que vai continuar”, afirmou o secretário. “Toda essa logística é do próprio estado. São aproximadamente 9 milhões de metros quadrados de desordem no Rio de Janeiro”, completou.
Entre os 81 presos na megaoperação está Thiago do Nascimento Mendes, conhecido como Belão do Quitungo e apontado pela polícia como um dos chefes do CV da região, além de Nicolas Fernandes Soares, suspeito de ser operador financeiro de Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca ou Urso, um dos principais líderes da facção criminosa.
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