
O apagão que deixou às escuras milhões de pessoas na região metropolitana de São Paulo vem sendo explorado politicamente, de maneira covarde e oportunista, por Tarcísio de Freitas e Ricardo Nunes.
Tarcísio, que está de olho no Palácio do Planalto, e Nunes, que sonha em concorrer ao governo paulista em 2026, defendem intervenção federal na Enel Distribuidora São Paulo, medida que em tese cabe ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O governador de São Paulo e o prefeito da capital paulista defendem, também, a caducidade do contrato de concessão da Enel SP, que vence em 2028. A distribuidora, por sua vez, tem trabalhado nos bastidores para renovar de forma antecipada a concessão.
Tarcísio de Freitas e Ricardo Nunes reuniram-se nesta terça-feira (16) com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, com o objetivo de forçar a adoção de medidas punitivas contra a Enel SP.
Repetindo o que noticiou o UCHO.INFO por ocasião do blecaute de outubro de 2024, Silveira também responsabilizou a Prefeitura de SP por não dar a devida atenção às árvores da maior cidade brasileira.
“A prefeitura falhou no cumprimento do seu dever”, disse Silveira para o prefeito. “Mais de 1.300 árvores tombaram por ausência de retirada e de acompanhamento técnico adequado, e muitas delas caíram diretamente sobre a rede elétrica, agravando de forma significativa a situação”, completou.
Assim como afirmou o ministro, o UCHO.INFO entende que a Enel SP tem sua parcela de culpa no âmbito do apagão provocado por ventos de quase 100 quilômetros por hora, decorrentes de um ciclone extratropical, mas “crucificar” somente a distribuidora é leviandade.
Ciente de que a Prefeitura de SP há muito não monitora as condições das milhares de árvores da cidade, Ricardo Nunes anunciou recentemente que adotará sistema de avaliação de árvores utilizado pelo município de Santos, que evita danos à rede elétrica.
Por outro lado, o enterramento da fiação da rede elétrica é outra solução para evitar apagões de energia, considerando que os eventos climáticos têm se tornado cada vez mais intensos. O enterramento da rede elétrica é caro e no caso da capital paulista demanda muito tempo para ser concluído. Mesmo assim, é preciso começar o quanto antes.






