Nesta quarta-feira (21), o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, confirmou que não concorrerá à casa Branca na próxima eleição. Sua declaração abre espaço para os dois principais candidatos democratas na disputa, Hillary Clinton e Bernie Sanders.
O democrata teve seu nome ligado a uma possível candidatura, que poderia receber apoio do presidente Barack Obama, mas descartou a hipótese. “Infelizmente, acho que não dá mais tempo para organizar uma campanha vencedora. Mas, mesmo não sendo candidato, não ficarei em silêncio”, destacou Biden em um anúncio, ao lado de sua mulher, Jill, e de Barack Obama.
De acordo com analistas norte-americanos, a ausência do vice-presidente, que vinha como terceiro colocado nas pesquisas dos pré-candidatos democratas, impulsiona a campanha de Hillary, cujo eleitorado poderia migrar para Joe Biden caso ele fosse confirmado oficialmente na disputa.
No anúncio, o democrata também citou o filho Beau, que morreu em maio aos 46 anos, vítima de câncer, e disse que ele é uma “inspiração”. Joe Biden fez uma defesa vigorosa das realizações de Obama e apelou para que democratas e republicanos trabalhem juntos.
“Nossa nação estará cometendo um erro trágico se nos afastarmos ou tentarmos desfazer o legado de Obama. O povo americano trabalhou muito duro e chegamos muito longe para isso”, discursou.
O vice-presidente estadunidense convocou democratas e republicanos a “acabarem com a política partidária divisionista que está rasgando esse país”. “É mesquinho e insignificante e já dura tempo demais”, afirmou.
O vice-presidente dos EUA tem 72 anos e já foi duas vezes pré-candidato democrata à Presidência: em 1988 e 2008. Na primeira, desistiu antes das primárias – o escolhido foi Michael Dukakis; na segunda, acabou formando a chapa com o democrata vencedor, Obama, assumindo a vice-presidência no ano seguinte.