O senador Roberto Requião (PMDB-PR) é conhecido por divulgar seus surtos delirantes pelo Twitter, rede social que o peemedebista usa de forma obsessiva. As últimas vítimas de suas insanas agressões são o juiz federal Sérgio Fernando Moro, a quem a maioria do País é grata por ter ajudado a elucidar o maior escândalo de corrupção da história, o Petrolão, e pelo encarceramento de um número enorme de corruptos, de caixa alta e colarinho branco, que estavam habituados à impunidade. Também sobraram agressões para aqueles que se alegraram com a prisão do senador Delcídio do Amaral, ex-líder do governo no Senado Federal.
As agressões a Moro se devem, pelo fato de o juiz ter criticado o caráter autoritário da lei de direito de resposta de autoria de Requião e que intimida jornalistas. O senador paranaense não gostou da opinião de Moro, que considerou a referida como mais uma tentativa de cerceamento da liberdade de expressão. Conhecido pela incapacidade de conviver com o contraditório, Requião atacou Moro: “[Ségio Moro] está dizendo disparates sobre o direito de resposta. Afaste-se para descansar”.
Na segunda postagem atacando Moro, Requião compara o juiz federal ao jovem advogado, interpretado por Keanu Reeves, que sofre tentações demoníacas e cai nas mãos do demônio, interpretado por Al Pacino, no filme “Advogado do Diabo”. ”Como no filme advogado do diabo, o heroico personagem cai nos braços da imprensa comandada por satanás. Decepção!”, escreveu Requião.
Para o senador, conhecido pela vaidade enlouquecida, pelos delírios napoleônicos e pela sofreguidão com que usa os recursos públicos para o próprio desfrute, Sérgio Moro estaria sendo vítima da vaidade. “Vaidade, que merda é a vaidade. O que pode fazer com um homem até então sério! Comeu a maçã?”, completou o senador no Twitter.
Em nova postagem, Requião resolveu chamar de “urubus” aqueles que apoiaram a prisão do senador petista Delcídio do Amaral, encarcerado depois que o Supremo Tribunal Federal foi informado de que ele conspirava para dar fuga ao ex-diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró. O senador sugere ainda que Delcídio pode dar a volta por cima. “Agora urubus dançam sobre o cadáver político insepulto de Delcídio. Lamentável. Promoção pessoal diante da morte política. Verdadeira?”