Nesta segunda-feira (30), o Ministério do Planejamento divulgou o bloqueio de R$ 10,7 bilhões no Orçamento da União de 2015. A medida foi tomada em meio à batalha travada pelo Planalto para aprovar no Congresso a revisão da meta fiscal deste ano, que prevê um déficit de R$ 51,8 bilhões.
Até agora não houve acordo com os parlamentares. Desta forma, o governo foi obrigado a fazer o terceiro corte, somente em 2015, para conter suas despesas.
O Ministério das Cidades é a pasta mais afetada pelo decreto, com o bloqueio de R$ 1,6 bilhão. Novos investimentos, assim como o pagamento de aluguel, água, luz, transporte, passagens e diárias deverão ser cortados.
“Ficarão preservadas todas as despesas obrigatórias do governo, como salários de servidores, benefícios previdenciários e sociais, o pagamento da bolsa-família, as despesas com o mínimo da Saúde e da Educação, seguro desemprego e abono salarial”, afirmou o ministério, em nota.
Veja na tabela abaixo o impacto da nova medida em cada ministério:
O bloqueio anunciado poderá ser revertido caso a proposta de alteração da meta fiscal seja aceita no plenário. O governo espera que o impasse acabe ainda nesta semana.
A votação será realizada em meio ao clima de instabilidade que ronda o Congresso desde a prisão do senador Delcídio Amaral, e da decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que esta semana decidirá ou não pela abertura de impeachment da presidente Dilma Rousseff.