Quando concedeu entrevista coletiva, na última sexta-feira (4), após prestar depoimento à Polícia Federal na esteira da Operação Aletheia, 24ª etapa da Operação Lava-Jato, Luiz Inácio da Silva, o lobista-palestrante Lula, abusou do seu linguajar de boteco e comparou-se a uma jararaca. “Se quiseram matar a jararaca, não fizeram direito, pois não bateram na cabeça, bateram no rabo, porque a jararaca está viva”, disse o bufão.
Durante o palavrório desfiado na sede do PT na capital paulista, Lula mais uma vez se valeu da verborragia populista para enganar a massa ignara da população, que continua confiando alarife profissional que é o responsável primeiro pelo período mais corrupto da história política nacional. Lula, em vários momentos da entrevista, voltou a usar a teoria esdrúxula do “nós contra eles”, da elite contra o trabalhador”, como se o próprio ex-presidente não fosse um elitista mimado. Disse em dado momento: “eles não querem eu o pobre coma carne de primeira, que não ande de avião”.
Disposto a defender o PT e a sua biografia política – ambos estão arruinados – Lula disse que a partir desta semana começaria a percorre o Brasil. Afinal, a condução coercitiva era o que o ex-presidente tanto aguardava para tentar renascer das cinzas, algo que desta vez será difícil.
“A partir da semana que vem, quem quiser um discursinho do Lula, é só acertar a passagem de avião – não de ônibus, porque demora muito. Estou disposto a andar por este país”, afirmou o inflamado Lula.
Acontece que nos bastidores, longe das lágrimas cenográficas que derramou na entrevista, o gazeteiro Lula faz exigências típicas de elitistas, os quais ele falsamente condena em seus discursos. O ex-presidente está exigindo jato executivo para suas viagens, sem o qual se nega a comparecer em qualquer parte do País, mesmo que para defender seu duvidoso legado.
No encontro que teve com a presidente Dilma Rousseff, que equivocadamente usou o dinheiro do contribuinte para viajar a São Bernardo do Campo e visitar o “capo”, Lula disse que só percorreria o Brasil se tivesse um jatinho à disposição.
Considerando o volume de dinheiro desviado no rastro do Petrolão, Lula não terá dificuldade para conseguir um avião privado. Afinal, o ex-presidente não tem coragem para embarcar em um avião de carreira, depois do amontoado de escândalos de corrupção protagonizados por “companheiros” e aliados.