Candidatura do bilionário Donald Trump divide republicanos nos EUA

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Após a vitória nas primárias do estado de Indiana e a desistência de seus adversários Ted Cruz e John Kasich na última quarta-feira (4), o pré-candidato Donald Trump teve a nomeação praticamente assegurada para concorrer à presidência dos Estados Unidos pelo Partido Republicano.

O magnata, porém, ainda está longe de conseguir unir a legenda em torno de sua candidatura. Algumas das principais figuras do partido analisam quais seriam as alternativas, enquanto outros até cogitam votar na provável candidata do Partido Democrata, Hillary Clinton.

Entre estes está Bill Achtmeyer, fundador da empresa de consultoria Parthenon Group, sediada em Boston, que nos últimos dez anos doou 200 mil dólares aos republicanos. “Se ela for capaz de ir para o centro e pensar tão criativa e ponderadamente quanto seu marido fez […] eu teria uma dificuldade muito grande, baseado no que sei hoje, em não votar em Hillary, diante do que Trump está defendendo”, afirmou.

David Beightol, doador e lobista do partido, que arrecadou fundos para a campanha de Jeb Bush, afirma estar inclinado a votar em Trump por que não conseguiria apoiar Hillary. “Não cheguei a esse ponto, mas não tenho muita escolha”, disse.


Na maioria dos casos, independentemente das divergências entre os pré-candidatos durante as primárias, o partido passa a defender em sua totalidade o candidato que tiver conquistado a nomeação. Entretanto, a retórica de Trump, seus métodos nada ortodoxos e sua falta de experiência geram incertezas entre os republicanos.

O provável candidato republicano prometeu deportar imigrantes ilegais, construir um muro na fronteira dos Estados Unidos com o México – insistindo que o país vizinho irá arcar com os custos da construção – e proibir temporariamente a entrada de muçulmanos no país, como forma de combater o terrorismo.

Os ex-presidentes George Herbert Walker Bush (pai) e George Walker Bush (filho) não declararão apoio ao bilionário, segundo afirmou o porta-voz de ambos ao jornal “Texas Tribune”.

Após a vitória em Indiana, Trump prometeu unificar o partido, e afirmou que está sendo procurado por pessoas que anteriormente o criticavam e que agora querem apoiá-lo.

Alguns de seus apoiadores afirmam que ele deverá escolher um vice bastante conhecido para afastar os temores quanto à sua inexperiência. Uma das possibilidades seria a ex-secretária de Estado Condoleezza Rice. (Com agências internacionais)

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