A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, lidera a lista das mulheres mais poderosas do planeta pelo sexto ano consecutivo, divulgou nesta segunda-feira (6) a revista “Forbes”. É a 11ª vez que a chefe de governo alemã aparece no topo do ranking, elaborado anualmente pela publicação.
“Se há uma única líder capaz de enfrentar desafios econômicos e políticos existenciais para a União Europeia, do centro às extremidades, essa líder é a chanceler alemã Angela Merkel”, escreve a revista americana no perfil da primeira colocada.
O resultado contraria as previsões da própria Forbes no ano passado, que cogitou o nome de Hillary Clinton, pré-candidata à presidência dos Estados Unidos, para o primeiro lugar em 2016.
“Com as eleições americanas do ano que vem, Merkel pode perder seu título pela primeira vez desde 2010 para a única pessoa com a possibilidade credível e matemática de ‘liderar’ o mundo”, disse a revista em 2015. Hillary, porém, manteve-se em segundo lugar neste ano.
Não se sabe, no entanto, por quanto tempo Merkel manterá o título. Na semana passada, um levantamento feito pelo instituto de pesquisas Insa revelou que a popularidade da coalizão governista da Alemanha caiu pela primeira vez para menos de 50%.
A chanceler alemã, de fato, tem sido alvo de crescentes críticas nos últimos meses, particularmente sobre suas ações a respeito da crise migratória e sua política de portas abertas. O debate tem gerado tensões entre o partido de Merkel, a CDU, e seu aliado na Baviera, a CSU, mais conservador.
Dilma fora da lista
A presidente afastada Dilma Rousseff, que chegou a ocupar a segunda posição em 2013 e aparecia em sétimo no ano passado, não entrou para a lista na edição de 2016. Com isso, o Brasil ficou sem representantes. O ranking avalia itens como fortuna, aparições na mídia, esfera de influência e impacto.
Em 2015, no perfil da petista, a “Forbes” já dava destaque à crise política brasileira ao citar as manifestações que reivindicavam a renúncia da então presidente, os casos de corrupção na Petrobras, a queda de popularidade do governo e o encolhimento da economia do país.
“Eleita em 2010 como a primeira presidente feminina do Brasil, ela tinha a missão de acabar com a pobreza na sétima maior economia mundial. Mas as esperanças de seus seguidores despencaram nos últimos meses e a sua aprovação caiu para 13%. Além disso, a economia do país […] pode encolher pelo segundo ano consecutivo”, disse a revista no ano passado.
Assim como Dilma, a ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner, que esteve em 16º lugar em 2015, também ficou de fora do ranking neste ano. Dessa forma, a única mulher representando a América Latina é a presidente do Chile, Michelle Bachelet, na 18ª colocação, subindo nove posições ante 2015.
Estados Unidos mantêm domínio
Na lista deste ano figuram 100 personalidades influentes de 29 países, nos campos da política, negócios, tecnologia e filantropia, incluindo 12 líderes mundiais, 32 presidentes de companhias e 11 bilionárias – sendo que nove delas construíram suas próprias fortunas.
Segundo a Forbes, as mulheres que figuram na lista acumulam, juntas, uma fortuna de 1 trilhão de dólares, e influenciam mais de 3,6 bilhões de pessoas ao redor do mundo.
Assim como no ano passado, os EUA dominam a lista geograficamente com 51 mulheres. Este ano, porém, marcou um recorde para a China, que foi representada com nove personalidades, incluindo Margaret Chan, diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), na posição 38.
A mulher mais nova a figurar na lista foi a presidente do Yahoo, a americana Marissa Mayer, de 41 anos, na 55ª colocação. Aos 90 anos, a rainha da Inglaterra, Elizabeth 2ª, aparece na posição 29 e é a mulher mais velha. A idade média das 100 mulheres em 2016 foi de 57 anos.
Confira as dez mulheres mais poderosas do mundo:
1. Angela Merkel, chanceler federal alemã
2. Hillary Clinton, ex-secretária de Estado e pré-candidata à presidência dos EUA
3. Janet Yellen, presidente do Federal Reserve (Fed), banco central americano
4. Melinda Gates, co-presidente da Fundação Bill e Melinda Gates
5. Mary Barra, executiva-chefe da General Motors
6. Christine Lagarde, diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI)
7. Sheryl Sandberg, diretora operacional do Facebook
8. Susan Wojcicki, executiva-chefe do YouTube
9. Meg Whitman, executiva-chefe da Hewlett-Packard (HP)
10. Ana Patricia Botín, presidente do Banco Santander