O aplicativo dos monstrinhos virtuais, Pokémon Go, que chegou ao Brasil na última quarta-feira (3), dominou os smartphones e transformou os transeuntes de São Paulo em verdadeiros zumbis, assim como nos quase 60 países onde o jogo está disponível. Embora o desenho seja voltado para crianças, o game não tem restrição de idade.
A rotina de prédios conhecidos foi alterada. Diversos deles se tornam “ginásios” – locais onde é possível promover batalhas entre pokémons – ou “pokestops”, onde o jogador coleta itens que ajudam na evolução do personagem. O prédio da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP), por exemplo, é um pokestop. Tem muita gente andando pela faculdade para capturar Pokémon, inclusive estão até deixando de assistir as aulas, afirma um dos estudantes.
No prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a expressão “pagar o pato”, usada em campanha da entidade contra o aumento de impostos, ganhou novo significado. Afinal, na região, o que os jogadores realmente querem agora é capturar um Psyduck. Um pokémon pato.
A adesão em massa dos brasileiros – e de jogadores de outros países da América Latina – deve ter grande impacto no número de usuários do jogo, embora a Niantic, principal desenvolvedora do game, não divulgue números sobre a estreia na região.
Algumas empresas do mercado dão pistas do sucesso do game, como a norte-americana App Annie. Ela informou que Pokémon Go assumiu a liderança da lista de aplicativos mais baixados em iPhones no Brasil em apenas um dia.
Jogar Pokémon Go virou uma boa desculpa para sair de casa e explorar a cidade. Mas é bom muita precaução e bateria extra. Já muitos relatos de furtos e pequenos acidentes causados pela falta de atenção dos jogadores.