Lava-Jato: Lula já tenta tirar proveito político da denúncia de corrupção e lavagem de dinheiro

lula_1050

Coordenador da força-tarefa da Operação Lava-Jato, o procurador Deltan Dallagnol, do Ministério Público Federal, disse nesta quarta-feira (14) que Lula era o “comandante máximo” do esquema de corrupção identificado nas investigações. A declaração do procurador não representa novidade para os leitores do UCHO.INFO, que desde agosto de 2015 sabem desse importante detalhe. À época, o editor deste portal afirmou que um novo esquema de corrupção entrara em funcionamento para substituir o Mensalão do PT e que Lula sabia da ilegalidade, da qual se beneficiava.

A entrevista coletiva concedida em Curitiba serviu para detalhar de forma didática a denúncia contra Lula, Marisa Letícia, Léo Pinheiro (ex-presidente da OAS), Paulo Okamotto (presidente do Instituto Lula) e outras quatro pessoas no caso do apartamento triplex em Guarujá, no litoral paulista. O ex-presidente da República foi denunciado por corrupção e lavagem de dinheiro, ao passo que a de organização criminosa está sob a análise do Supremo Tribunal Federal (STF).

Por questões óbvias Lula negou ser dono do apartamento, assim como afirmou já ter divulgado documentos que provam não ser dele o imóvel no Edifício Solaris. O petista escreveu em uma rede social que jamais dormiu no triplex que é alvo de investigação. A teoria de Lula é esdrúxula, pois se dormir em um imóvel significa ser proprietário do mesmo, o sítio Santa Bárbara, em Atibaia, é incontestavelmente seu.

Os advogados de Lula e Marisa Letícia afirmaram, por meio de nota, que “repudiam pública e veementemente a denúncia” do MPF, classificada como “peça de ficção” e “truque de ilusionismo”. É natural que a defesa reaja a qualquer denúncia, mas não se pode desafiar fatos e provas. Cristiano Zanin Martins, um dos advogados, disse que não há provas que justifiquem a denúncia, mas a realidade é outra.


Enquanto os advogados exercem o papel que lhes cabe, Lula e seus quejandos tentam “fazer do limão uma limonada”. Ou seja, aproveitam a situação para arrancar algum dividendo político no rastro da vitimização.

Mesmo assim, os “companheiros” estão preocupados não apenas com o efeito devastador da denúncia, mas com a possibilidade de o ex-metalúrgico ser condenado com celeridade na segunda instância. O que ensejaria o cumprimento de pena de prisão em regime fechado inicialmente.

Ex-presidente da República, Dilma Rousseff usou uma rede social para afirmar criticar a denúncia. “É lamentável que uma denúncia sem provas seja feita contra o presidente Lula e sua família. É evidente que esta denúncia atende ao objetivo daqueles que pretendem impedir sua candidatura em 2018”, escreveu a petista no Twitter.

A tese de que a denúncia do MPF tem caráter político e visa inviabilizar uma eventual candidatura de Lula à Presidência em 2018 é absurda, pois o lobista-palestrante foi flagrado na proa do maior esquema de corrupção de todos os tempos. E Dilma que recolha-se à própria insignificância, já que os procuradores ainda não descobriram que ela também sabia da roubalheira desde o início.

apoio_04