Indiciamento do governador de MG por corrupção escancara momento de degradação moral do País

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Por razões óbvias e aguardadas, o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), há de dizer que é inocente e classificar como improcedente e descabido o indiciamento por corrupção feito pela Polícia Federal, nesta quinta-feira (15), no âmbito da Operação Acrônimo. Pimentel pode dizer o que quiser e espernear à vontade, mas qualquer palavra sua será suficiente para invalidar o que os brasileiros de bem já sabem: o PT chegou ao poder central com o único intuito de saquear o Estado.

Juntamente com Fernando Pimentel, o empresário Marcelo Odebrecht, que está preso em Curitiba no rastro da Operação Lava-Jato, também foi indiciado por corrupção passiva. Os investigadores afirmam que Pimentel e Odebrecht agiram em conluio criminoso para liberar empréstimos do BNDES à empreiteira baiana, cujo objetivo era financiar obras internacionais, em Cuba, Argentina e Angola, entre outros países.

De acordo com o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira, o Bené, que durante anos foi o operador de Pimentel e selou acordo de colaboração premiada na Operação Lava-Jato, o governador mineiro recebeu R$ 3 milhões em propina para facilitar a liberação dos empréstimos solicitados pela Odebrecht ao BNDES.

Qualquer explicação de Fernando Pimentel será insuficiente para anular o cipoal de provas recolhidas ao longo das investigações da Acrônimo. Fora isso, o mais novo capítulo envolvendo o governador de Minas serve para explicar a avalanche de corrupção que, sob o comando do PT, devastou uma nação que cada vez mais surpreende-se com o desenrolar do enredo criminoso.


Sem dúvida alguma esses seguidos escândalos de corrupção comprometem a imagem do Brasil, especialmente junto aos investidores internacionais, que temem ter de enfrentar os delinquentes do Estado em caso de algum negócio nas paragens verde-louras.

O Brasil chegou a esse patamar de degradação por preguiça política da sociedade, que sempre acreditou que corrupção era ingrediente de filme de ação. Com o rei nu, é importante esclarecer que a população não deve esperar milagres na derrocada economia, enquanto o País não promover profunda assepsia no cenário político.

Imaginar que ambos os movimentos – solução da crise e faxina política – podem caminhar de mãos dadas é passar atestado de inocência. E não se deve confundir ações pontuais na economia e na política com soluções definitivas. Até porque, para tanto serão necessárias pelo menos cinco décadas de esforço continuado de todos os brasileiros.

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