O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, identificou nesta segunda-feira (19) um dos suspeitos de estar por trás do atentado ocorrido na noite do último sábado, que deixou 29 feridos no bairro de Chelsea. O homem seria Ahmad Khan Rahawi, de 28 anos, um afegão naturalizado norte-americano “perigoso e que poderia estar armado”, disse o prefeito.
A explosão em Chelsea deixou 29 feridos, danificando edifícios e espalhando estilhaços no local do atentado. Mais tarde, outro artefato foi descoberto pela polícia a quatro quarteirões da primeira explosão, sendo desarmado com segurança por equipes especializadas. As duas bombas foram feitas com panelas de pressão, telefones celulares dobráveis, luzes de Natal, estilhaços e explosivos, segundo informou o jornal “The New York Times”.
“Precisamos deter esse sujeito imediatamente”, disse De Blasio. “Minha experiência é que, quando o FBI se concentra em alguém, ele o pega.”
O governador Andrew Cuomo, que no domingo (18) descartara ligação do ataque com o terrorismo internacional, disse que os novos dados podem fazer com que mude de ideia. “Eu não me surpreenderia se esse ato tivesse conexão internacional”, afirmou à CNN.
Na noite de domingo, agentes do FBI (a polícia federal norte-americana) detiveram um automóvel suspeito no bairro nova-iorquino do Brooklin. Segundo a agência de notícias Associated Press, os cinco ocupantes do veículo teriam sido levados para averiguações em um edifício do FBI em Manhattan.
Três ataques em 24 horas
Investigadores analisam três ataques ou tentativas de atentados ocorridos em dois estados em apenas 24 horas. Além de Nova York, houve um ataque a faca em Minnesota no domingo, e nesta segunda-feira cinco explosivos foram achados em Nova Jersey.
Inicialmente as autoridades afirmaram que não haviam chegado a provas que mostrassem a ligação dos incidentes ocorridos em três estados do país, mas segundo a agência de notícias Reuters já se sabe que os atentados de Nova York e Nova Jersey têm conexões.
Em Minnesota, a polícia ainda investiga os motivos pelos quais um homem atacou a faca nove pessoas num centro comercial. A agência de notícias Amaq, ligada à organização extremista “Estado Islâmico” (EI), disse nesta segunda-feira que o ataque de Minnesota teria sido realizado por um dos “soldados” do grupo jihadista.
O FBI disse que investiga o incidente como um “ato de terrorismo em potencial”. A imprensa local identificou o suspeito pelo atentado como sendo um jovem somali-americano de 22 anos. Segundo a polícia, ele teria perguntado a algumas das vítimas se eram muçulmanas, antes de atacá-las, e teria feito “referências a Allah”.
Em Nova Jersey, a polícia encontrou cinco artefatos explosivos nas proximidades da cidade da cidade de Elizabeth. O pacote explodiu enquanto era examinado por um robô da brigada antiexplosivos, sem deixar feridos. (Com agências internacionais)
