Alguns especialistas do mercado financeiro começam a destacar os primeiros sinais de melhora da economia verde-loura, mas o chamado “céu de brigadeiro” ainda está muito distante. Isso porque na microeconomia, a que movimenta o cotidiano do País, ainda enfrenta enormes agruras. Não há um cidadão, empresário ou empregado, que não esteja preocupado com o futuro. Isso porque a situação econômica agravou-se consideravelmente nas últimas semanas.
Enquanto o calvário se desenrola no horizonte, economistas consultados pelo Banco Central reduziram mais uma vez as projeções para inflação de 2016, com o IPCA sendo estimado em 7,23%, contra 7,25% da previsão anterior. Trata-se da terceira queda seguida da projeção para o indicador, ressalta o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (3).
Mesmo com a previsão de queda do IPCA, o resultado da inflação oficial ficaria acima do teto da meta estabelecida pelo governo, que é de 6,5% – dois pontos percentuais acima do centro (4,5%).
A expectativa para os demais indicadores de preços analisada pelo Boletim Focus também caiu pela segunda semana consecutiva, como o IPC-Fipe (de 7,21% para 7,07%), o IGP-M (de 8,17% para 8,01%) e o IGP-DI (8,00% para 7,94%).
A estimativa dos especialistas do mercado financeiro para 2017 ficou inalterada, em 5,07%, mesmo após o governo ter divulgado que aposta em de 4,4%, ou seja, abaixo do centro da meta de 4,5% para o próximo ano, no Relatório Trimestral divulgado na última semana.
A previsão para a produção industrial de 2016 caiu de -5,93% para -5,96%. Para o próximo ano, subiu de 1,00% para 1,10%, segunda alta consecutiva no indicador. As estimativas de PIB para 2016 (-3,14%) e 2017 (1,30%) não se alteraram.