Divulgado nesta segunda-feira (24), como acontece semanalmente, o Boletim Focus, do Banco Central, aponta para um cenário de inflação menor neste ano e em 2017, porém os especialistas do mercado projetam queda maior do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016. Para o próximo ano, a previsão de crescimento do PIB é menor.
De acordo com os economistas das cem maiores instituições financeiras em atividade no País, a estimativa de inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), caiu para 6,89%, contra 7,01% da semana anterior. Trata-se da sexta queda seguida do indicador, mas o IPCA continua acima do teto da meta estabelecida pelo governo, que é de 6,5%.
Para 2017, os analistas preveem inflação de 5%, contra 5,04% da projeção anterior. Foi o terceiro recuo consecutivo do índice, informou o Boletim Focus. De tal modo, a projeção de inflação para o próximo ano está abaixo do teto de 6%, mas acima da meta, que é de 4,5%.
Em relação ao PIB de 2016, o mercado aposta em retração de 3,22%, contra 3,19% da estimativa anterior. Pela primeira vez, desde 1948, o País registrará dois anos seguidos de queda no nível de atividade da economia. Em 2015 o recuo foi de 3,8%, o maior em 25 anos. Com referência ao PIB de 2017, os economistas reduziram a previsão de crescimento de 1,30% para 1,23%.
No tocante à taxa básica de juro, o mercado manteve a previsão de 13,50% ao ano, que atualmente está em 14%, fruto de decisão unanime do Copom, que reduziu a Selic em 0,25 ponto percentual.
Para 2017, os especialistas creem que a taxa de juro ficará estável em 11% ao ano, previsão que sinaliza continuidade do processo de corte da Selic.
Na mais recente edição do Boletim Focus, os economistas projetam recuo na cotação do dólar ao final de 2016, de R$ 3,25 para R$ 3,20. Para o fechamento de 2017, a previsão permaneceu em R$ 3,40.