Copom reduz taxa básica de juro, mas horizonte econômico revela continuidade da crise recessiva

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Como esperava o mercado financeiro nacional, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu por unanimidade, no começo da noite desta quarta-feira (30) reduzir em 0,25 ponto percentual a taxa básica de juro, a Selic, que agora passa valer 13,75% ao ano. Trata-se da segunda redução de 0,25 p.p. desde a reunião de outubro passado do Copom, quando os integrantes do colegiado começaram a reduzir a taxa de juro.

Em comunicado divulgado após a decisão, o Copom, ao justificar a decisão, destaca que a economia brasileira mostrou-se mais fraca do que o esperado no curto prazo e que o ritmo de queda da inflação pode ser mais intenso caso a retomada econômica demorar a acontecer. Em outro trecho do comunicado, o Copom destaca que no setor de serviços a inflação ainda dá sinais de resistência.

Um dos fatores que influenciaram a decisão do Copom, limitando o corte da taxa básica de juro, foi a inesperada eleição de Donald Trump nos Estados Unidos. Esse fato impediu que o corte na Selic fosse maior, mas o comitê preferiu a cautela diante das incertezas que ainda pairam sobre o mercado financeiro internacional diante das incertezas acerca do governo Trump.

É impossível prever qual será a próxima atitude do Copom em relação à Selic, já que a crise política que chacoalha o Brasil e a eventual elevação da taxa de juro nos EUA continuam gerando incertezas.

No caso de elevação da taxa de juro norte-americana, o Copom terá de reavaliar a trajetória de redução da Selic, caso queira manter o interesse do investidor internacional no mercado brasileiro. Isso significa que a inflação no Brasil poderão não recuar como esperado, impactando no desempenho da economia e contrariando as promessas do governo de Michel Temer.

Em conversa com o UCHO.INFO, analistas financeiros revelaram ao editor deste portal que boa parte do mercado trabalham com a expectativa de mais um ano (2017) de desempenho negativo do Produto Interno Bruto (PIB). Os profissionais do mercado confirmaram as projeções deste noticioso, de que a economia verde-loura dará os primeiros sinais de recuperação entre meados de 2018 e o início de 2019.

Confirmado esse cenário, a economia brasileira como um todo enfrentará nos próximo ano sérios problemas, como alta do desemprego, produção em queda, avanço da inadimplência e crescimento do endividamento.

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