SP naufragou nas águas celestiais do primeiro dia de verão, mas Fernando Haddad mergulhou no silêncio

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Quem não conhece a realidade brasileira e desembarca nessa terra de ninguém chega a acreditar que trata-se de um país minimamente sério. Mas alguns dias são necessários para desfazer essa imagem de que o Brasil é um país abençoado por Deus e bonito por natureza. Até porque, belezura não significa eficiência, assunto que os brasileiros desconhecem há pelo menos quinhentos anos.

Considerado como um dos piores prefeitos de São Paulo, o petista Fernando Haddad disse recentemente que após deixar o comando da maior cidade brasileira retomará suas atividades como consultor. Considerando o estrago que Haddad promoveu na capital paulista, cabe questionar que tipo de consultoria ele poderá prestar e quem terá coragem de contratá-lo.

Último fio de esperança do PT para tentar ressurgir politicamente a partir das recentes eleições municipais, Fernando Haddad, para a sorte dos brasileiros, deixará a vida pública depois de mais de uma década de desserviços prestados.

Por questões óbvias há quem incense Fernando Haddad, mas isso é compreensível porque o Brasil é uma democracia jovem e irresponsável, movida pela ilógica. Alcaide paulistano por mais alguns dias, o petista tentou entrar para a história da cidade construindo ciclovias superfaturadas, como se São Paulo não tivesse outras urgências. Sem contar que a topografia paulistana não favorece esse modal de transporte, mas o proselitismo barato é o prato do dia.

Depois de quatro anos de uma gestão marcada pela incompetência, Fernando Haddad despede-se como o timoneiro-mor de uma cidade que no verão transforma-se em Veneza tupiniquim. Afinal, ruas e avenidas tornam-se canais navegáveis diante do humor alterado de São Pedro.


Logo no primeiro dia do verão oficial, a cidade de São Paulo mais uma vez não suportou o efeito devastador das águas celestiais. Isso porque há décadas os governantes fingem que o problema não existe, investindo o suado dinheiro do contribuinte em obras desnecessárias, mas que rendem votos nas urnas. É o caso das ciclovias e do fechamento da Avenida Paulista aos domingos, como se uma das principais vias da Pauliceia Desvairada não fosse acesso aos dez mais importantes hospitais da cidade.

Na quarta-feira (21), sob um céu carrancudo e enegrecido, a quarta maior cidade do planeta sucumbiu na esteira de um temporal que durou no máximo quarenta minutos, mas provocou estragos típicos de dilúvio. Ruas e avenidas alagaram em questão de minutos, semáforos deixaram de funcionar em vários pontos da cidade, árvores caíram em quase todas as regiões, o fornecimento de luz foi interrompido em alguns locais.

As regiões mais sacrificadas foram a Sul e a Leste, que devem estar preparadas para enfrentar um calvário que deverá durar até pelo menos março de 2017. Mas é preciso destacar que a Zona Sul paulistana concentra os IPTUs mais caros da cidade. Ou seja, a teoria da contrapartida não existe.

Covarde como qualquer petista que se preze, Fernando Haddad simplesmente mergulhou em silêncio quase obsequioso. Viu a cidade naufragar nos mares da sua incompetência, enquanto flertava com um silêncio criminoso. O ainda prefeito acredita que é mais importante pedalar em ciclovia superfaturada do que evitar que a água da chuva invada a casa do vizinho. Isso porque Haddad diz ser socialista, imagine se não fosse.

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