A taxa de devolução de cheques por falta de fundos no País passou de 2,14%, em abril, para 2,15%, em maio último, em relação ao total de documentos compensados no período, segundo o Indicador Serasa Experian de Cheques Sem Fundos. No acumulado dos cinco primeiro meses, o percentual alcançou 2,18%.
Foram devolvidos 958.819 cheques por insuficiência de saldo, de um total de 44.575.586 compensados. No último mês de abril, foram registradas 815.503 devoluções de um total de 38.068.259 compensados.
Em nota, os economistas da Serasa Experian informam que a inadimplência com cheques reflete a atuação de forças antagônicas que se anulam no curto prazo. “Por um lado, há a redução da inflação e dos juros, que favorece o recuo dos índices de inadimplentes, mas, por outro lado, o elevado nível de desemprego no país acaba atuando na direção contrária, pressionando para cima a inadimplência”.
A Região Norte lidera a inadimplência com cheques, apresentando taxa de 4,23% nos cinco primeiros meses do ano. Em sentido oposto, a Região Sul mostra a menor proporção (1,82%). O maior calote ocorreu no Amapá (18,69%) e a taxa mais baixa foi verificada em São Paulo (1,73%).
Para os economistas, a melhora no quadro só deve ocorrer quando a taxa de desemprego começar a cair. Com o avanço da crise política que chacoalha o Palácio do Planalto, a paralisia dos investimentos no setor de infraestrutura, impede a redução imediata do desemprego, algo que só acontecerá quando o País retomar a credibilidade do mercado.
Diante de mais um novo dado que retrata a inquestionável persistência da crise, falar em retomada do crescimento econômico é irresponsabilidade. Por mais que sejam otimistas as declarações dos palacianos, recompor a economia nacional não será tarefa fácil, exigindo algumas décadas de esforço continuado dos brasileiros. (Com ABr)