Governo federal pretende reduzir participação da União na Eletrobras

O Ministério de Minas e Energia (MME) anunciou, nesta segunda-feira (21), que proporá ao Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) a privatização da Eletrobras, que atua na geração, transmissão e distribuição de energia elétrica.

De acordo com a pasta, a redução da participação da União no capital da estatal daria mais competitividade e agilidade à empresa. Em nota, o ministério cita como exemplo o que foi feito com a Embraer e a Vale.

“Esse movimento permitirá à Eletrobras implementar os requisitos de governança corporativa exigidos no novo mercado, equiparando todos os acionistas – públicos e privados – com total transparência em sua gestão”, destacou o ministério.


Atualmente, a União possui 40,99% das ações da empresa, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e seu braço de investimentos, o BNDESPar, têm 18,72% e fundos federais outros 3,45%.

O ministério não informou qual será a parcela colocada à venda, apenas destacou que o governo pretende manter o poder de veto na administração da companhia para garantir que decisões estratégicas no setor sejam preservadas.

O MME apontou a crise econômica e a situação das contas públicas para justificar a decisão. “Não há espaço para elevação de tarifas nem para aumento de encargos setoriais. Não é mais possível transferir os problemas para a população. A saída está em buscar recursos no mercado de capitais atraindo novos investidores e novos sócios”, alegou.

De acordo com o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, o governo pretende arrecadar cerca de R$ 20 bilhões com a privatização de parte da estatal. (Com agências de notícias)

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