Com o ex-presidente Lula da Silva condenado a 9 anos e 6 meses de prisão por corrupção e réu em outras 6 ações penais por lesar o erário, lavar dinheiro e ocultar patrimônio, o Partido dos Trabalhadores se vê na iminência de ter de abrir mão de seu mais promissor candidato.
Em 2018, Lula pode estar preso ou impedido de ser candidato após condenação em segunda instância (o que é muito provável). Diante desse cenário, os “companheiros” começam a se conformar com a ideia e pensam em lançar Fernando Haddad ou Jaques Wagner, mas a senadora Gleisi Helena Hoffmann, presidente nacional do partido, não se conforma com a realidade e acaba de lançar a ideia instigante sobre como o PT deveria reagir ao impedimento de Lula. O plano trapalhão de Gleisi foi comentado com humor pelo jornalista Augusto Nunes:
“Num Brasil tão carente de boas notícias e grandes ideias, merecia ser anunciada com estardalhaço e festejada com fanfarra e foguetório a mais recente produção mental da grife Gleisi Hoffmann: a presidente do PT propõe que, se Lula for impedido de candidatar-se em 2018, o partido caia fora da próxima eleição em todas as instâncias. Como o chefão não escapará da transferência do palanque para a gaiola, os brasileiros decentes podem sonhar com uma campanha sem nenhum candidato do PT. Nem a presidente, nem a governador, nem a senador, nem a deputado. Federal ou estadual”.
O jornalista prevê consequências muito positivas para o país se a ideia de Gleisi for colocada em prática pelo petismo:
“Se a grande ideia de Gleisi vingar, o país que presta seria dispensado de sepultar nas urnas os parteiros da Era da Canalhice, e poderia concentrar-se no enterro de outros bandos criminosos disfarçados de partido. O Congresso se tornaria mais respirável. Cofres estaduais não ficariam à disposição dos assaltantes acampados no gabinete ao lado. E a Lava Jato não teria de manter sob estreita vigilância a maior usina de criminosos irrecuperáveis.”
A ausência do PT e seus aliados nefastos provocaria um arejamento na política brasileira que só pode ser aplaudido por todos:
“O sumiço dos comícios da companheirada provocaria efeitos colaterais extraordinariamente positivos. O restante dos corpos de João Pedro Stédile e Guilherme Boulos, por exemplo, engatariam uma quinta marcha e chegariam mais cedo ao passado onde as duas cabeças estacionaram desde sempre. A dupla de terroristas de botequim reúne todos os defeitos necessários para a fundação de um foco guerrilheiro na selva amazônica.
Pela primeira vez desde que estreou na carreira política, Gleisi teve uma grande ideia. Merece o aplauso unânime dos democratas, além do apoio incondicional de todo brasileiro com mais de 20 neurônios”.
Que Gleisi Helena é uma ode ao fiasco político todos sabem, mas quando uma figura desse naipe, que afunda cada vez mais nos escândalos de corrupção da Botocundia, consegue um mandato parlamentar como senadora e acredita ser a última salvação do planeta, é porque o Brasil acabou e ninguém avisou. Quem acompanhou os tempos áureos do Senado brasileiro sabe que Gleisi é o que há de pior em termos políticos.