Turista espanhola morre baleada em barreira policial próxima à favela da Rocinha, no Rio de Janeiro

Uma turista espanhola morreu nesta segunda-feira (23), no Rio de Janeiro, após ter sido baleada pela Polícia Militar (PM) fluminense, elevando para no mínimo 11 o número de pessoas mortas em meio aos recentes confrontos na favela da Rocinha, na Zona Sul carioca.

De acordo com a PM, a vítima, identificada como Maria Esperanza Jimenez Ruiz, de 67 anos, estava em um veículo com turistas que rompeu uma barreira policial na Rocinha e foi alvejado por agentes de segurança. A espanhola chegou a ser levada para um hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

“Por volta das 10h30, um veículo Fiat Fremont rompeu o bloqueio policial no Largo do Boiadeiro. Houve reação da guarnição, atingindo o veículo”, confirmou a polícia, em nota. “Durante a abordagem, verificou-se que se tratava de um veículo para transporte de turistas”, acrescentou.


A Secretaria Estadual de Segurança do Rio de Janeiro lamentou a morte e afirmou que acompanha a apuração dos fatos junto à Corregedoria da Polícia Militar e à Divisão de Homicídios do Rio, que investigam o caso. A turista estava acompanhada de um irmão e de um cunhado, que afirmaram não saber da situação de risco na Rocinha.

Há pouco mais de um mês, a maior favela do Rio de Janeiro é palco de uma onda de violência provocada por guerra entre traficantes rivais. Neste tempo, a Rocinha já foi alvo de duas operações do Exército e está ocupada por mais de 500 policiais militares que fazem incursões diárias em regiões mais altas atrás de criminosos.

A população da Rocinha convive com tiroteios quase diários. Nesta segunda-feira, policiais do Batalhão de Polícia de Choque entraram em confronto com criminosos em duas áreas da Rocinha. Dois agentes de segurança foram feridos.

Além dos confrontos na Rocinha, o Rio de Janeiro enfrenta uma grave crise de segurança, que levou o presidente Michel Temer a autorizar, em julho, o envio de quase 9 mil militares para patrulhar a cidade. O reforço, no entanto, não foi suficiente para conter a violência e o aumento nos índices de criminalidade. (Com agências de notícias)

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