PT e seus “puxadinhos” encenam teatro do absurdo na Câmara e ousam condenar a corrupção

Com mais de doze horas de duração, a sessão de votação da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB) mostrou aos brasileiros o baixo nível da política nacional. Não se trata de classificar os parlamentares pela régua da corrupção, mas de analisar a ignorância de muitos que se manifestaram no momento do voto, como se o plenário da Câmara dos Deputados fosse um palanque eleitoral instalado na praça mais próxima.

De olho nas eleições de 2018, deputados dos mais distintos partidos – governistas e oposicionistas – aproveitaram a ocasião para mostrar serviço à população. Em discussão estava a possibilidade de a acusação contra Temer seguir para o Supremo Tribunal Federal (ST), mas muitos deputados manifestaram-se contra a “reforma trabalhista, a reforma da previdência, o entreguismo na Amazônia”, entre tantos temas sem qualquer relação com o objeto da votação.

Tirante a devastadora ignorância de muitos parlamentares, o que se viu no plenário da Câmara foi um espetáculo decadente que mesclou revanchismo colérico com oportunismo bandoleiro. A política brasileira, como se sabe, tem enorme carência de políticos probos e bem intencionados, por isso o UCHO.INFO não defende essa ou aquela autoridade, mas a esquerda peçonhenta encontrou espaço para mostrar a que veio.

De tudo ouviu-se ao longo da sessão que acabou rejeitando, por 251 votos a favor e 233 contra, a denúncia contra Michel Temer e dois ministros palacianos – Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência). O deputado petista José Nobre Guimarães (CE), irmão de José Genoino e mentor do escândalo dos dólares na cueca, ousou dar lições de moral ao discursar contra o relatório favorável ao presidente da República.

Guimarães teve a ousadia de afirmar que o governo de Michel Temer, que “não tem base política” no Congresso, quebrou o Brasil. José Guimarães talvez sofra de amnésia de conveniência, mas é importante ressaltar que a mais grave crise econômica da história brasileira é fruto da incompetência e da fanfarronice do Partido dos Trabalhadores, que durante uma década apostou no populismo barato como forma de implantar no País uma ditadura comunista travestida de falsa democracia.


Em relação a ter base política no Congresso, nenhum petista tem moral para falar sobre o assunto, pois o alarife Lula e a dissimulada Dilma Rousseff só conseguiram maioria no Parlamento na esteira do dinheiro da corrupção. Até porque, o Mensalão do PT e o Petrolão serviram para, sangrando os cofres públicos, comprar votos no Senado e na Câmara dos Deputados. E quem duvidar disso que leia os depoimentos de alguns delatores da Operação Lava-Jato.

A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) apelou à bizarrice ao afirmar que o governo do peemedebista Michel Temer “mantém relação promiscua” com muitos parlamentares. O PT adotou a o rufianismo político como forma de levar adiante um projeto totalitarista de poder, mas Erika Kokay arrisca falar em relação promíscua. Talvez porque somente a esquerda tupiniquim tem direito ao banditismo político.

O ápice do absurdo ficou por conta da deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ), que ao declarar seu voto arriscou dizer que “o trabalhador não aguenta mais tanta corrupção”. Benedita não é uma parlamentar de muita visibilidade em termos de atividade política, mas não se tem notícia de que durante os treze anos de roubalheira sistêmica do PT ela tenha viajado ao espaço, portanto alienada da gatunagem desenfreada protagonizada pelos “camaradas”.

O mais interessante nesse teatro do absurdo é que muitos esquerdistas e alguns oposicionistas de ocasião exaltaram o trabalho da Polícia Federal e a consistência probatória da denúncia oferecida pelo então procurador-geral Rodrigo Janot. Ou seja, para o PT e seus “puxadinhos ideológicos” a PF e o Ministério Público são excelentes apenas quando agem contra os adversários.

Mais uma vez o UCHO.INFO ressalta que todo ato de corrupção deve ser investigado a fundo e punido com o rigor da lei, mas é preciso que a isonomia de tratamento prevalece indistintamente, não importando o naipe daquele que está na mira das autoridades.

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