O caráter autoritário e bandoleiro do Partido dos Trabalhadores ficou ainda mais evidente com o anúncio de que um recurso apresentado pela caríssima defesa de Lula será julgado em 24 de janeiro pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).
Lula e a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Helena Hoffmann, participaram de ato na noite de quarta-feira (13), ocasião em que afirmaram ser criminosa a decisão do TRF-4 de agendar o julgamento do recurso. O PT, que durante todo o tempo denunciou a lentidão da Justiça, agora condena sua suposta celeridade.
Gleisi Hoffmann, que transmitiu o evento pelo Facebook, “fez discurso convocando os petistas para a frente do TRF”. Ela quer que massas enfurecidas de petistas se reúnam em Porto Alegre no dia 24 de janeiro para tentar intimidar o Tribunal, como se esse tipo de ação tivesse algum efeito prático ou pudesse interferir na decisão que será tomada pelos desembargadores da 8ª Turma.
Ré por corrupção em ação penal que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) e presente nas planilhas de propina da Odebrecht sob o sugestivo codinome “Amante”, Gleisi não tem moral para convocar qualquer tipo de destampatório. Deveria ter patrocinado manifestação diante da Penitenciária Estadual de Francisco Beltrão, no interior do Paraná, onde o “companheiro” Eduardo Gaievski cumpre pena de 100 anos de prisão por estupro de vulneráveis (menores de 14 anos), mas não o fez.
Pedófilo conhecido no território paranaense, Gaievski foi guindado ao cargo de assessor especial da Casa Civil, à época do governo Dilma, pelas mãos de Gleisi Hoffmann, que delegou ao camarada a incumbência de comandar os programas federais destinados a crianças e adolescentes. Tudo no melhor estilo “raposa tomando conta do galinheiro”.
Voltando às manifestações petistas… O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) foi mais longe em colérico discurso. Disse que em 24 de janeiro a esquerda não estará “calminha” e que “estamos prontos para a guerra”, “com a faca nos dentes”.
Fosse o Brasil um país minimamente sério – não é o caso –, Gleisi e Lindbergh já estariam presos por incitação à violência e sequer teriam sido eleitos a Parlamento.
A presidente do PT é uma irritadiça permanente que não aceita ser contrariada e detesta ver seus deslizes publicados na imprensa. Quando isso acontece, Gleisi tenta intimidar jornalistas com processos judiciais, como se essa tática pudesse calar a voz daqueles que não se dobram diante da truculência bandida de um partido que acertadamente já foi comparado a organização criminosa.
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