Escândalos de corrupção sempre contaram com a quase complacência da sociedade, mas desde o advento do Mensalão do PT, primeiro imbróglio criminoso da era Lula, a situação começou a mudar. E os brasileiros decidiram reagir aos que avançam sobre os cofres públicos.
Desde então, muitos políticos flagrados na cena do crime passaram a enfrentar o descontentamento da população, que em muitas ocasiões não poupou os acusados de corrupção de constrangimentos em público. O UCHO.INFO é contra esse tipo de manifestação, mas a deterioração do cenário político levou o brasileiro ao extremo.
O mais recente alvo da fúria popular é a senadora paranaense Gleisi Helena Hoffmann, presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, em sua conta no Twitter afirmou ter sido agredida verbalmente, nesta terça-feira (19), no momento em que se preparava para desembarcar no Aeroporto Internacional de Brasília.
Ainda na aeronave, aguardando a abertura das portas, Gleisi Helena foi surpreendida por gritos de uma passageira indignada que a chamou de corrupta e ladra, não sem antes cobrar a devolução aos cofres públicos do dinheiro desviado. A passageira disse que o povo paranaense fará um favor ao Brasil ao mandar a senadora para o “lixo”.
“Fui agredida aos berros dentro de um avião por uma mulher descontrolada antes de desembarcar em BSB. Como não acho esse tipo de comportamento liberdade de expressão, solicitei a presença da polícia e o desembarque foi suspenso até sua chegada”, escreveu a parlamentar petista na rede social.
Gleisi e a passageira acusada de agressão verbal foram levada ao posto da Polícia Federal (PF) no aeroporto para registro de boletim de ocorrência. “Aguardo agora que a filmagem da cena se torne pública para que eu possa tomar as providências cíveis e penais cabíveis. A partir de agora, agirei assim e qualquer situação semelhante”, emendou a senadora.
Também no Twitter, Gleisi Hoffmann enfatizou que a liberdade de expressão e manifestação, previstas na Constituição Federal, não são caminho livre para agressões. “Liberdade de expressão e manifestação não são sinônimo de agressão. Aviso aos navegantes: nenhuma agressão me constrange, apenas me fará tomar medidas judiciais para conter e penalizar agressores”, escreveu a petista.
Diz a sabedoria popular que cada um colhe aquilo que planta, mas esse comportamento serve apenas para transformar corruptos em vítimas de suposta intolerância. A melhor resposta à roubalheira sistêmica que devastou o Brasil deve ser dada nas urnas eleitorais, não sem antes dispensar aos corruptos largas doses de desprezo, na proporção da insignificância de cada um.
Contudo, Gleisi Helena está experimentando do próprio veneno, pois ao intimidar jornalistas que expõem na mídia suas mazelas a senadora usa de expediente parecido nas muitas ações judiciais que move contra os profissionais da imprensa.
Em vez de ameaçar processar aqueles que a ofendem publicamente – algo descabido, como já afirmou o UCHO.INFO – Gleisi deveria criar coragem e explicar aos brasileiros a absurda decisão de guindar ao cargo de assessor especial da Casa Civil um pedófilo conhecido no Paraná e já condenado a mais de cem anos de prisão. Eduardo Gaievski, o monstro sexual do Palácio do Planalto, foi incumbido por Gleisi de cuidar dos programas do governo federal destinados a crianças e adolescente. Tudo no melhor estilo “o vampiro e o banco de sangue”.
