Ciente de que acumulará condenações na Operação Lava-Jato e dificilmente escapará da prisão, Lula, o malandro do Petrolão, decidiu soltar a voz e reuniu um grupo de jornalistas que, sabidamente, não o colocariam em dificuldade durante entrevista concedida no instituto que leva o seu nome.
Decidido a usar o enfrentamento e o deboche como estratégia de defesa, plano arquitetado com seus caros advogados, Lula continua desafiando a Justiça a provar sua culpa, algo que já foi feito de forma cabal e incontestável na ação penal sobre o polêmico apartamento triplex no Guarujá, talvez o processo mais frágil em termos probatórios. Isso significa que nas outras ações penais a condenação é certa.
“A minha condenação será a negação da Justiça. Porque a Justiça vai ter que fazer um esforço monumental para transformar uma mentira em verdade e julgar uma pessoa que não cometeu crime”, disse o abusado petista-mor, que recorre ao devaneio para provar sua falsa inocência.
“A sentença do juiz [Sergio] Moro me condenando, aos olhos de centenas de juristas, até de fora do Brasil, é quase que uma piada. Eu tenho a tranquilidade de que vou ser absolvido porque para um cidadão ser condenado ele tem que ter cometido um crime. E não tem [crime]. É por isso que eu tenho desafiado a Polícia Federal, o Ministério Público da Lava Jato, a mostrarem uma única prova. Eu não peço duas. Eu peço uma”, completou o galhofeiro.
Lula prefere fingir que não sabe que aqueles que o acusaram de ter participado do Petrolão e recebido propinas firmaram acordos de colaboração premiada, o que exige comprovação dos fatos relatados, e estão fora da cadeia. Alguns em liberdade vigiada, outros em prisão domiciliar.
Mitomania desenfreada
“Na verdade estamos vivendo uma anomalia jurídica e política. Esse processo começou com uma mentira de um jornal, de uma revista, que foi transformada num inquérito pela Polícia Federal. O resultado do inquérito é mentiroso. Foi enviado ao Ministério Público, que mentiu e fez uma acusação. E o Moro aceitou a mentira”, regurgitou o ser humano mais honesto (sic) do planeta, que agora acredita ser o maior especialista em Direito do universo.
“Tudo isso poderia ter terminado se a Polícia Federal tivesse sido sincera e se o Moro tivesse feito papel de juiz. Acontece que estamos vivendo um momento muito delicado. Você subordinou o processo ao que a imprensa fala dele. Numa linguagem popular, eles estão sem rota de fuga. Ou seja, mentiram e não têm como sair”.
A Polícia Federal cumpriu com suas obrigações ao investigar e levantar provas acerca do envolvimento de Lula no Petrolão, o Ministério Público agiu de acordo com a lei ao oferecer denúncia contra o petista, assim como fez o juiz Sérgio Moro ao condená-lo, mas o comandante do assalto à Petrobras exige ser tratado como inocente.
“Qual é a única chance que eu tenho? É pedir provas. Tem que ter algum documento, algum contrato, aluguel, pagamento [do tríplex], algum ato de ofício, alguma coisa”, balbuciou o ex-metalúrgico aos jornalistas convidados, como se pedir provas a mais não poder garante a impunidade.
Dramalhão bandoleiro
Seguindo a trilha da dramatização, Lula recorreu ao espírito bandoleiro ao tentar provar uma inocência que simplesmente é obra de ficção, na qual somente ele e seus caríssimos advogados acreditam.
“Eu tenho até o dia 24 para esperar que alguém diga qual foi o crime que eu cometi. E dizer que o apartamento é meu. Me entrega a chave. Quem sabe a nossa próxima conversa será na sacada do apartamento, tomando sol. Enquanto não for, por favor, parem de mentir a meu respeito”, disse.
“Eles [desembargadores do TRF-4] têm mais obrigação diante da sociedade no dia 24 do que eu. A minha inocência eu já provei. Quero que agora eles provem a minha culpa”. O discurso de Lula é tão debochado, que ninguém em são consciência é capaz de acreditar na sua fala. Porém, é compreensível a sua luta cotidiana para não reconhecer os crimes que lhe são imputados.
“Eu às vezes tento encontrar um roteiro para comparar com o meu. O mais próximo que eu encontro é o da invasão do Iraque (2002)”. “O Bush sabia que o Iraque não tinha armas químicas. O Tony Blair sabia. Inventaram uma mentira, sustentaram a mentira e conseguiram fazer a invasão por conta de uma mentira. Já faz 15 anos. Cadê a arma química?”
Essa firmação mostra de maneira que Lula não tem escrúpulos para acionar o botão da mitomania. Mente de forma acintosa, como se fosse a “fulanização” da honestidade universal, acreditando que a teoria de Joseph Goebbels é válida.
Crente que entrevista a jornalistas é bate-papo de recepção de casa de alterne, Lula não poupou o vocabulário chulo que todos conhecem. E disse aos profissionais da imprensa que, mesmo já tendo passado dos 70 anos, “tem energia de 30 anos e tesão de 20”.
Bazófia vermelha
“Como eu acho que eu vou ser cada vez mais inocentado, eu acho que no final vai prevalecer o bom senso nesse país. Como eles podem tentar evitar que um velhinho [como eu] de 72 anos de vida, energia de 30 anos e tesão de 20 seja candidato? Não é possível. É tanta coisa boa junta que eles têm que deixar, porra. Ainda mais um cara que tem um otimismo, sozinho, que todos não têm juntos”.
Há dias, quando o TRF-4 agendou para 24 de janeiro o julgamento do recurso no âmbito do caso do triplex, Lula disse que se condenado em segunda instância não participaria da corrida presidencial do próximo ano. Como o petista não escreve sentado o que diz em pé, ele parece ter mudado de ideia.
“Eu estarei candidato se o partido quiser porque no fundo o PT que vai decidir até o dia em que uma instância [da Justiça] diga que eu não posso ser candidato. A minha vontade é sair com o meu atestado de inocência no dia 24. Se não for nesse dia, recorrer. Porque eu não vou passar para a história como um inocente condenado. Eu prefiro moralmente condenar quem me julgou, condenar parte da imprensa que mentiu três anos seguidos contra mim.”
Lula tem o direito de dizer o que desejar, pois o Brasil ainda é uma democracia, que como tal privilegia a livre manifestação do pensamento, mas não pode querer que os brasileiros levem a sério os eu conhecido besteirol.
Dallagnol, Power Point e essência de ditador
“Esse Dallagnol não tem tamanho para fazer o que ele está fazendo, ele deveria ser exonerado a bem do serviço público. O cidadão que fez três anos de concurso, ganha R$ 30 mil [por mês] para falar uma mentira daquela para a sociedade brasileira? Esse cidadão deveria ter sido exonerado. Porque não é possível alguém ganhar tanto do Estado para contar a mentira que ele contou”, afirmou o mandrião da Lava-Jato.
Lula, com essa afirmação, não deixa dúvida a respeito do perigo que representa o seu retorno ao Palácio do Planalto, caso a Justiça permita que ele participe da eleição presidencial de 2018. O chefe do Petrolão quer com sua eventual eleição, além de terminar o serviço que culminou com o maior e mais ousado esquema de corrupção de todos os tempos, promover uma caça às bruxas.
No momento em que diz que Deltan Dallagnol, procurador da República e responsável pela força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba, deve ser exonerado, sem que exista um processo judicial que justifique uma eventual decisão nesse sentido, Lula sugere que o Brasil corre o sério risco de, com seu retorno à Presidência, experimentar uma ditadura esquerdista marcada pelo banditismo político.
“Você não pode dar muito destaque a quem não tem biografia. Biografia é uma coisa que exige respeito. E você conquista biografia com trabalho e não com mentira. É por isso que eu não vou ser preso. Porque para eu ser preso tem que provar alguma coisa. É mais fácil eu provar que eles mentiram do que eles provarem que eu cometi um crime.”
Lula é um delinquente intelectual que não será candidato por conta das condenações que estão a caminho, gostem os petistas ou não. Epara ser candidato, como ele próprio afirma que será, é preciso combinar com a Justiça.
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