A voracidade com que a imprensa nacional avança sobre manchetes não é novidade para os brasileiros, mas é preciso doses mínimas de coerência ao informar. Isso significa que diante de uma situação caótica é preciso estar ao lado da verdade e culpar todos os responsáveis pelo ocorrido, não apenas o governante da vez.
Depois do período de festas momescas, em que o Brasil mostrou ao planeta ser o paraíso do faz de conta, uma forte tempestade, reforçada por rajadas de vento, causou enormes estragos no Rio de Janeiro e deixou três mortos.
O temporal deixou vários bairros da capital fluminense alagados, com rios transbordando e ruas e avenidas interditadas. A prefeitura do Rio de Janeiro decretou estágio de crise na cidade à 0h25 desta quinta-feira (15), devido a “núcleos de chuva forte a muito forte, associados à atuação de áreas de instabilidade”, o que provocou um verdadeiro caos na cidade.
De acordo com o Sistema de Alerta Rio, pancadas de chuva, acompanhadas de descargas elétricas e rajadas de vento atingiram a capital fluminense nas últimas horas. O estágio de crise é o terceiro nível em uma escala de três e significa chuva forte, podendo provocar alagamentos e deslizamentos de terra. O temporal provocou a falta de luz em vários bairros do Rio e também em cidades da Baixada Fluminense.
Ciclovia Tim Maia
A chuva também causou a interdição da Ciclovia Tim Maia no trecho entre São Conrado e a Barra da Tijuca, depois de ocorrer um afundamento de pista. Em 2016, atingida por uma forte onda, parte da ciclovia desabou causando a morte de duas pessoas: o engenheiro Eduardo Marinho Albuquerque, 54 anos, e o gari comunitário Ronaldo Severino da Silva, 60 anos.
Todos os culpados
Como se apenas as autoridades atuais fossem responsáveis pelos estragos causados na cidade do Rio de Janeiro, os principais veículos de imprensa não perdoaram a prefeitura carioca, cobrando soluções para os problemas.
É importante salientar que o UCHO.INFO não está a defender o prefeito Marcelo Crivella, mas é preciso reconhecer a impossibilidade de obras estruturais serem iniciadas e finalizadas em apenas um ano. Não obstante, faz necessário ressaltar que a culpa pelo caos que se instalou no Rio de Janeiro é de outros políticos, começando por Lula, Sérgio Cabral Filho e Eduardo Paes.
Em outubro de 2007, quando a FIFA anunciou o Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014, o UCHO.INFO afirmou que se tratava de equívoco da entidade máxima do futebol e de tremenda irresponsabilidade do governo brasileiro, à época comandado pelo petista Lula.
Na ocasião, este portal afirmou que um País com dimensões continentais e problemas na mesma proporção não deveria se candidatar a recepcionar o maior torneio de futebol do planeta. Mesmo assim, o ufanismo prevaleceu e fomos alvo de críticas rasteiras e covardes.
Como se não bastasse, o Rio de Janeiro sediou os Jogos Olímpicos de 2016, no rastro de casos de superfaturamento de obras e seguidos escândalos de corrupção. O que não é novidade para os brasileiros.
O caos que tomou conta do Rio na noite de quarta-feira e avançou na madrugada desta quinta-feira (15) é fruto não apenas do binômio que mescla incompetência administrativa e corrupção, mas também e principalmente da mais grave crise econômica da história brasileira.
A crise levou à queda no consumo e o consequente recuo na arrecadação tributária, obrigando muitos estados e municípios a buscarem soluções absurdas como forma de garantir a sobrevivência. E o corte nos investimentos em obras de infraestrutura é a primeira solução acionada pelos governantes.
Isso posto, não se pode isentar os governos do PT pelos estragos ocorridos no Rio de Janeiro e que a qualquer momento poderão acontecer em muitas cidades brasileiras. Não fosse o populismo bizarro e criminoso de Lula e sua horda, por certo o Brasil não estaria vivendo situação de tamanha penúria.