A situação do petista Jaques Wagner, o “plano B” de Lula, deve piorar nas próximas horas, na esteira da Operação Cartão Vermelho, deflagrada pela Polícia Federal nesta segunda-feira (26), em Salvador. Com a ação policial, fruto de investigações sobre corrupção e lavagem de dinheiro, a situação do Partido dos Trabalhadores tende a piorar.
Ex-governador da Bahia e atual secretário estadual de Desenvolvimento Econômico (SDE), Wagner, de acordo com a PF, teria recebido polpuda quantia em propina no escopo de superfaturamento das obras do Estádio Fonte Nova, uma das sedes da Copa do Mundo de 2014, evento esportivo que o Brasil não tinha condições de recepcionar.
Segundo informações da PF, delatores da Operação Lava-Jato afirmaram que Jaques Wagner teria recebido R$ 82 milhões em propina. Do total, R$ 3,5 milhões foram declarados à Justiça Eleitoral como doação de campanha feita pela cervejaria Itaipava, que em muitos escândalos envolvendo o PT foi usada como rota de passagem de dinheiro ilícito.
Apesar das informações dos delatores, a Polícia Federal ainda não conseguiu determinar se o restante da propina foi usado para benefício do próprio Jaques Wagner ou repassado para campanhas eleitorais do PT. O que confirma informação do UCHO.INFO feita em matéria anterior, de que o escândalo em questão tem ingredientes de sobra para alcançar a campanha de Dilma Rousseff à reeleição.
Parte da propina, aproximadamente R$ 500 mil, chegou a ser entregue na casa da mãe de Wagner, no Rio de Janeiro. De acordo com a PF, a propina também foi repassada para intermediários de Wagner: o atual chefe da Casa Civil do governo da Bahia, Bruno Dauster, e o empresário Carlos Dalto.
A PF chegou a solicitar que o ex-governador, o chefe da Casa Civil e o empresário fossem conduzidos coercitivamente para depor, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) negou o pedido. Também não foi expedido qualquer mandado de prisão preventiva.
Durante a Operação Cartão Vermelho, policiais federais fizeram buscas no apartamento de Jaques Wagner, no Edifício Mansão Victory Tower, Corredor da Vitória, em Salvador, onde foram apreendidos 15 relógios de luxo, celulares e documentos. Os agentes da PF também realizaram buscas no escritório da empresa Parceria Inteligente.
