Encomendada por adeptos do extremo radicalismo direitista, a irresponsável e fracassada greve dos caminhoneiros, que paralisou o País durante dez dias, no final das contas serviu para nada. Na verdade, a paralisação dos transportadores de cargas serviu para causar estragos em uma economia que ainda sofre com os efeitos colaterais de uma crise histórica.
Depois de a indústria nacional registrar queda na produção, agora é a vez do setor de serviços apresentar recuo de 3,8% nas atividades na passagem de abril para maio. Trata-se da queda mais intensa desde o início da série histórica da pesquisa, em janeiro de 2011.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), assim como aconteceu com a indústria e o comércio, os serviços foram fortemente afetados pela greve dos caminhoneiros, na segunda quinzena de maio.
Em relação a maio de 2017, o volume de serviços também recuou 3,8%, a maior queda desde abril de 2017 (5,7%). Os serviços acumulam quedas de 1,3% no ano e de 1,6% em 12 meses. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta sexta-feira (13) pelo IBGE.
As cinco atividades tiveram queda de abril para maio. A atividade com maior decréscimo foi transportes, serviços auxiliares de transporte e correios, com um recuo de 9,5% no período. Entre os serviços de transporte terrestre, segmento afetado diretamente pela greve, a queda chegou a 15% de abril para maio.
As demais atividades tiveram as seguintes quedas: outros serviços (2,7%), serviços profissionais, administrativos e complementares (1,3%), serviços de comunicação e informação (0,4%) e serviços prestados às famílias (0,3%).
O agregado de atividades turísticas, que analisado de forma separada pelo IBGE, também teve queda no volume de serviços: 2,4%. (Com ABr)