Candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes intimou Jair Bolsonaro (PSL) a comparecer ao debate entre presidenciáveis que será promovido pela Rede Globo na quinta-feira (4).
“Aqui é uma democracia que vai sobreviver a você e eu vou tirar a sua máscara. Você não pode deixar de ir ao debate. Você está mentindo e atestado médico falso é crime. Vá ao debate da Globo e vou mostrar que você é uma cédula de três real (SIC)”, afirmou o pedetista.
Ciro disse que recebeu ontem as regras do debate da emissora, que precisaram ser adaptadas após a confirmação de que Bolsonaro não vai participar. O candidato falou que vai tentar processar os médicos por emitirem um atestado falso.
O presidenciável do PDT não quis comentar sobre os resultados da mais recente pesquisa Datafolha, em que aparece estagnado com 11% de intenções de voto, enquanto Bolsonaro chegou a 32%, mas fez uma análise sobre os atos contra o candidato.
Ciro voltou a fazer um apelo contra o voto útil, alegando que o voto não pode ser transferido para os institutos de pesquisa, que tentam antecipar uma decisão que ainda será tomada. Ele também retomou o discurso de que é impossível garantir que não haja desvios no levantamento dos dados. Ciro pode dizer o que bem entender, mas colocar em xeque a idoneidade das pesquisas a essa altura dos acontecimentos é sinal de desespero
O pedetista enalteceu o movimento #EleNao, liderado pelas mulheres, mas reconheceu que acabou servindo para impulsionar a polarização que cada vez mais avança sobre o processo eleitoral. Ciro disse que o uso do slogan foi o erro do movimento, que levou as mulheres, mas não para defender seus candidatos.
“Não tem ele não na urna. O que tem na urna é 12 e 12”, afirmou Ciro, citando também o número de Fernando Haddad (PT) e Marina Silva (Rede), ao mesmo tempo em que conclamou a população para ir às ruas defender seu candidato.
Em troca do apoio de Marina Silva e Geraldo Alckmin, caso chegue ao segundo turno, Ciro disse que está disposto a incorporar pontos dos programas de ambos os candidatos, sempre em nome da democracia.