Para conter a alta do dólar, o Banco Central (BC) leiloará nesta terça-feira (27) US$ 2 bilhões das reservas internacionais com o compromisso de recomprar o montante dentro de alguns meses. Desde o fim de agosto, a autoridade monetária não fazia esse tipo de operação.
Os leilões ocorrerão em duas etapas, das 12h15 às 12h20 e das 12h35 às 12h40. O valor a ser leiloado é superior ao US$ 1,25 bilhão do leilão de linha realizado no fim de agosto que vencerá em 4 de dezembro.
Em dia de forte tensão no mercado financeiro, o dólar subiu 2,5% nesta segunda-feira (26) e fechou o dia vendido a R$ 3,918, no maior nível desde o início de outubro.
A moeda foi afetada pela saída de recursos em meio a tensões externas, como a votação do acordo da saída do Reino Unido da União Europeia e a divulgação da ata da reunião do Federal Reserve, Banco Central norte-americano, nesta semana. No mercado interno, os investidores estão cautelosos com o cenário político local.
O ciclo de alta da moeda norte-americana começou com a queda expressiva do preço do petróleo, que na última sexta-feira (23) ficou abaixo dos US$ 60 o barril, seguido pelo minério de ferro. Na segunda-feira (26), o barril do petróleo voltou a fechar acima dos US$ 60.
Por outro lado, o minério de ferro negociado na China recuou mais de 4%. Em uma semana, o minério perdeu cerca de 10% do valor, seguindo a baixa de mais de 30% nos preços do petróleo desde a máxima registrada no começo de outubro.
As matérias-primas enfrentam os efeitos colaterais do receio que toma conta do mercado por causa de uma eventual menor demanda provocada pela guerra comercial entre Estados Unidos e China, que poderia desacelerar a economia global. (Com ABr)