Em matéria publicada em 23 de janeiro passado, o UCHO.INFO classificou a pastora Jane Silva, à época nomeada secretária-adjunta da Secretaria Nacional de Cultura, como radical e intolerante. Foi o suficiente para a extrema direita, sempre ponta para apoiar as sandices do governo de Jair Bolsonaro, nos criticar pelo fato de carregarmos nos adjetivos dedicados à pastora que faz questão de ser chamada de “reverenda”.
Acreditando que é digna de ser reverenciada, Jane Silva passou a dar ordens na Secretaria da Cultura, que tem na proa, mesmo que ainda não oficialmente, a atriz Regina Duarte. Depois de muitas atitudes destemperadas, sendo que algumas desautorizaram a atriz global, Jane acabou demitida nesta sex-feira (7).
A decisão de demitir a pastora e dublê de secretária-adjunta partiu da própria Regina Duarte, que solicitou ao ministro do Turismo para oficializar o ato. Segundo relatos, Jane Silva passou a incomodar os servidores da secretaria com um tratamento considerado intolerante, além de demitir antigos diretores técnicos da pasta.
Os servidores relataram que a pastora tomava decisões sem comunicar Regina Duarte, chegando ao ponto de demitir por conta própria alguns funcionários. Como se não bastasse, Jane Silva demitiu diretores da subsecretaria de diversidade para substituí-los por pessoas com perfil conservador alinhados ao seu.
Em mais um momento de sabujice explícita, Jane passou a exigir que servidores da secretaria usassem como imagem de tela do computar uma foto de Jair Bolsonaro com a faixa presidencial. Funcionários da disseram a reverenda (sic) é “intolerante” e “impaciente” com os subordinados.
Outra polêmica envolvendo Jane, enquanto secretária da Diversidade Cultural, foi uma postagem no Facebook sobre edital a ser lançado para resgatar o “romantismo entre homens e mulheres”. “Estou em conversa com cantores e artistas. Assim, vamos resgatar os valores da família e do casamento”, escreveu a pastora em 5 de janeiro, pedindo aos seguidores para que deixassem opiniões. A publicação virou motivo de piada entre servidores, que batizaram a postagem de “edital do amor”.