Bandeira política –
À medida que a crise dentro e fora do governo ganha espaço na imprensa internacional, por conta do texto do Programa dos Direitos Humanos, o Palácio do Planalto realiza no final desta terça-feira (12) mais uma solenidade com intuito político-partidário. Naturalmente com a presença da “mãe do PAC”, Dilma Rousseff, o presidente-metalúrgico Lula da Silva transformará a assinatura de protocolos de novos projetos do “Minha Casa, Minha Vida” e do “Pró-Moradia” em palanque eleitoral. A suspeita de que os programas sejam eleitoreiros é que os contratos entre os municípios e os estados devem ser assinados até o dia 31 de março deste ano.
Os dois projetos estão incluídos no Programa de Aceleração do Crescimento, que se transformou numa bandeira política para projetar o nome da ministra da Casa Civil como candidata à Presidência da República. A solenidade que será realizada no Centro de Eventos e Convenções Brasil 21, no centro comercial de Brasília, vai reunir prefeitos e governadores. O Ministério das Cidades informa que foram selecionadas 2.042 propostas em municípios com menos de 50 mil habitantes. São importantes nichos eleitorais a serem explorados quando a campanha eleitoral começar oficialmente em fins de junho. O “Minha Casa” terá R$ 1 bilhão e o “Pró Moradia” R$ 2 bilhões do FGTS. A maior parte dos recursos vai para o Nordeste (R$ 540,3 milhões), cujos valores teriam sido definidos em função dos custos de produção nas diferentes regiões do país.
