(*) Gisele Leite
Em plena pandemia de Covid-19 acontece a eleição municipal no Brasil. Mesmo diante de impropérios federais e ameaças bélicas em bravatas cada vez mais cotidianas. Enquanto isto, um Estado, o Amapá continua às escuras e terá suas eleições municipais adiadas.
Elegeram-se prefeitos e vereadores de 5.570 municípios. A cidade é a realidade pública mais próxima do cidadão. Aja com consciência e vote. Exerça sua cidadania, escolhendo o candidato que deseja para ser prefeito e vereador.
Lembre-se que vereadores e prefeitos são os principais cabos eleitorais de governadores e deputados estaduais, que por sua vez, são relevantes para os candidatos ao Executivo e ao Legislativo federais.
Em verdade, desde nossa redemocratização as eleições municipais são um termômetro para aferir o humor popular em relação de quem ocupa o poder em nosso país. Desde a guinada conservadora em 2016, deu-se o clima de insatisfação com a política, em especial com a esquerda.
A eleição municipal de 2020 é especial ainda por outro motivo, é a primeira com a proibição de coligações proporcionais. Os partidos podem até se unir para apoiar um candidato a prefeito, porém, seus vereadores vão brigar individualmente para se elegerem. Preconiza-se que a fragmentação partidária no país, irá reduzir muito a partir de 2021.
Enquanto isso, o governo bolsanariano registra uma demissão por mês, em média, de um militar de alta patente colocado em algum posto estratégico da administração federal.
A curtíssima permanência de generais, brigadeiros e até almirantes em funções civis só evidencia o crescente desgaste da relação entre Bolsonaro e a caserna, em menos de dois anos de gestão. Ademais, o capitão pouco polido se torna vingativo com generais, especialmente, e o clima com o Vice-Presidente é publicamente desagradável. Os militares brasileiros não merecem o tratamento aviltante do Comandante da Nação.
(*) Gisele Leite – Mestre e Doutora em Direito, é professora universitária.
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