Confusão armada –
Deputado federal pelo PSB cearense, mas com o domicílio eleitoral recentemente transferido para São Paulo, Ciro Gomes continua firme no propósito de ser candidato à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas o PT palaciano ainda não desistiu de fazer do parlamentar um candidato ao governo de São Paulo, onde o ex-governador Geraldo Alckmin continua liderando as pesquisas. A provável ausência de um palanque petista em São Paulo comprometerá, sobremaneira, a candidatura da presidenciável Dilma Rousseff.
Presidente do PT paulista, Edinho Silva – ex-prefeito de Araraquara – começa a externar preocupação. “Até hoje, a ausência de uma liderança deixou de potencializar as ações em prol do palanque da Dilma em São Paulo. Porém, a partir de agora essa lacuna já começa a atrapalhar”, disse o petista. Não mais suportando a indecisão de Ciro Gomes, o PT paulista tenta lançar o senador Aloizio Mercadante como candidato ao Palácio dos Bandeirantes. Acontece que Mercadante, que almeja voltar ao Senado, descarta a possibilidade de entrar na disputa, provavelmente porque ainda está na lembrança o fiasco das eleições de 2006.
Com Mercadante insistindo na tese da reeleição – o que deve se confirmar, pois o senador petista caiu em desgraça junto a alguns setores do empresariado paulista – o PT continua mantendo dois nomes no banco de reservas: o do ex-ministro e deputado federal Antonio Palocci Filho – o algoz do caseiro Nildo –, o de Emídio de Souza, prefeito de Osasco, cidade da Grande São Paulo que está marcada por escândalos de corrupção muito bem abafados.
No caso de Aloizio Mercadante aceitar a incumbência, o PT lançará a ex-prefeita Marta Suplicy como candidata ao Senado Federal. Por outro lado, mesmo com parcas chances, o senador Eduardo Suplicy já se colocou à disposição do partido para tentar desbancar os tucanos na corrida rumo ao Palácio dos Bandeirantes.