FBI faz buscas no apartamento de Rudolph Giuliani, ex-advogado de Donald Trump

 
O FBI realizou nesta quarta-feira (28) buscas no apartamento e no escritório de Rudolph Giuliani, ex-prefeito de Nova York e ex-advogado de Donald Trump. De acordo com o jornal “The New York Times”, foram apreendidos “dispositivos eletrônicos” durante a ação policial.

As autoridades federais investigam se Giuliani fez lobby ilegal durante a administração de Trump, em 2019, em nome de funcionários e oligarcas ucranianos, que, ao mesmo tempo, o ajudavam a pesquisar possíveis fatos que poderiam prejudicar os adversários políticos do magnata republicano, em especial o atual presidente dos EUA, Joe Biden.

Em comunicado, Giuliani negou as acusações. O filho de Giuliani, Andrew, condenou a operação, chamando-a de “nojenta” e acusando o Departamento de Justiça de agenda política.

“Qualquer pessoa, qualquer americano, seja você vermelho ou azul, deve ficar incomodado com o que aconteceu aqui hoje, com a contínua politização do Departamento de Justiça”, disse a repórteres. “Se isso pode acontecer com o advogado do ex-presidente, pode acontecer com qualquer americano. Basta”, completou.

 
As tentativas de Rudolph Giuliani de convencer o governo ucraniano a entregar informações comprometedoras sobre Hunter, filho de Joe Biden, vieram à tona e levaram à abertura de processo de impeachment contra Trump, em 2019. O ex-presidente americano foi condenado pela Câmara, mas absolvido no Senado.

Dois homens que trabalharam para Giuliani na Ucrânia, Lev Parnas e Igor Fruman, foram indiciados no final de 2019 por acusações de violação das leis financeiras de campanha e outros crimes.

A Lei de Registro de Agentes Estrangeiros (Fara) considera crime federal tentar influenciar ou fazer lobby junto ao governo dos Estados Unidos a pedido de uma autoridade estrangeira, sem informar o departamento de justiça.

Em 2020, uma tentativa de promotores federais para obter um mandado de busca contra Giuliani foi negada pelo Departamento de Justiça, durante o governo Trump. Agora, com o novo procurador-geral, Merrick Garland, que assumiu o cargo em março, o mandado foi aceito. (Com agências internacionais)

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