Hamas afirma ter matado um refém israelense e ferido outros dois na Faixa de Gaza

 
Porta-voz das Brigadas al-Qassam, braço armado do grupo Hamas, Abu Ubaida disse, nesta segunda-feira (12), que um refém israelense foi morto pelo homem que o vigiava no cativeiro. Duas mulheres reféns do Hamas ficaram gravemente feridas na Faixa de Gaza.

“Em dois incidentes separados, dois soldados do [Hamas] designados para vigiar prisioneiros inimigos atiraram em um prisioneiro sionista, matando-o imediatamente, e também feriram gravemente duas prisioneiras”, disse Ubaida, sem revelar detalhes.

“O governo inimigo [de Israel] é totalmente responsável por esses massacres e pelas reações que afetam a vida dos prisioneiros sionistas”, acrescentou o porta-voz em um comunicado publicado no Telegram.

Ubaida afirmou que um comitê foi criado para investigar o caso e que os resultados serão divulgados posteriormente, acrescentando que o grupo tenta salvar as duas reféns que ficaram feridas. É a primeira vez que as Brigadas al-Qassam informam que seus integrantes mataram reféns. O grupo tem atribuído mortes anteriores de sequestrados a bombardeios israelenses em Gaza. O refém morto e as mulheres atingidas não foram identificados.


 
“Nos últimos minutos, o Hamas terrorista publicou um relatório alegando que, em dois incidentes separados, integrantes da facção mataram um refém israelense e feriram duas mulheres cativas. Neste estágio, não há documento de inteligência para confirmar ou refutar as alegações do Hamas. Continuamos a investigar a credibilidade da declaração e forneceremos informações quando as tivermos”, escreveu na plataforma X, em árabe, o porta-voz do Exército israelense, Avichay Adraee.

Os incidentes ocorrem logo após o grupo radical palestino nomear o líder de Gaza, Yahya Sinwar, um dos mentores do ataque a Israel em 7 de outubro, como seu novo líder após o assassinato de Ismail Haniyeh, em Teerã, a capital do Irã, no dia 31 de julho.

No último sábado (10), um ataque aéreo israelense em um complexo escolar na Cidade de Gaza, que abrigava famílias palestinas deslocadas, matou cerca de cem pessoas.

Israel informou nesta segunda-feira que 31 terroristas estavam entre os mortos no complexo escolar. O Hamas e Movimento da Jihad Islâmica na Palestina, grupo que atua na Faixa de Gaza, negaram as acusações israelenses e afirmaram que nenhum homem armado estava na escola.

O incidente ocorreu em meio a relatos conflitantes sobre as expectativas em relação aos resultados das negociações visando encerrar a guerra na Faixa de Gaza, marcadas para quinta-feira (15). No domingo, o Hamas lançou dúvidas sobre sua participação nos diálogos.


Se você chegou até aqui é porque tem interesse em jornalismo profissional, responsável e independente. Assim é o jornalismo do UCHO.INFO, que nos últimos 20 anos teve participação importante em momentos decisivos do País. Não temos preferência política ou partidária, apenas um compromisso inviolável com a ética e a verdade dos fatos. Nossas análises políticas, que compõem as matérias jornalísticas, são balizadas e certeiras. Isso é fruto da experiência de décadas do nosso editor em jornalismo político e investigativo. Além disso, nosso time de articulistas é de primeiríssima qualidade. Para seguir adiante e continuar defendendo a democracia, os direitos do cidadão e ajudando o Brasil a mudar, o UCHO.INFO precisa da sua contribuição mensal. Desse modo conseguiremos manter a independência e melhorar cada vez mais a qualidade de um jornalismo que conquistou a confiança e o respeito de muitos. Clique e contribua agora através do PayPal. É rápido e seguro! Nós, do UCHO.INFO, agradecemos por seu apoio.