Corrupto, com chance de ser preso caso seja apeado do poder, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, é um criminoso de guerra que insiste em sem apresentar como “comigo ninguém pode”. Tal presunção só é possível com a bilionária ajuda militar e bélica dos Estados Unidos, que devem ser responsabilizados igualmente pelo genocídio na Faixa de Gaza e pela violação da soberania do Líbano, onde as forças israelenses estão matando a esmo sob a frágil justificativa de aniquilar o grupo Hezbollah.
Nesta terça-feira (1), após o regime iraniano lançar quase duzentos misseis balísticos contra Israel, alcançando alvos em Tel Aviv e Jerusalém, Netanyahu disse que o Irã cometeu um “grande erro” e que irá “pagar” por isso.
No contraponto, Teerã rebateu a ameaça de Netanyahu, afirmando que qualquer contra-ataque de Israel resultará em “grande destruição” para os israelenses.
Benjamin Netanyahu, que precisa espalhar a guerra pela região para manter-se no cargo, sabia da possibilidade de uma resposta do Irã aos assassinatos de Ismail Hanieyh e Hasan Nasrallah, líderes do Hamas e do Hezbollah, respectivamente.
Logo após o ataque, Netanyahu declarou que o ataque iraniano havia falhado e prometeu uma resposta à altura. Pois bem, se o premiê israelense sabia da possibilidade do ataque, até porque o Irã anunciou de forma clara, e a ação fracassou, não há razão para tamanho frenesi. A resposta iraniana era aguardada desde julho, por ocasião do assassinato de Haniyeh em uma instalação militar de Teerã.
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“O regime do Irã não entende nossa determinação de nos defender e nossa determinação de retaliar nossos inimigos”, afirmou Netanyahu, que continua acreditando ser o xerife do Oriente Médio.
A missão diplomática do Irã na Organização das Nações Unidas (ONU), em clara guerra de palavras, disse que um revide israelense terá resposta “subsequente e esmagadora”. Além disso, a mídia estatal iraniana afirmou que qualquer resposta de Israel resultaria em um “grande ataque” contra as infraestruturas israelenses.
Por razões óbvias Israel não admitirá que a investida iraniana foi eficaz, até porque isso seria uma desmoralização enorme para um governante que existe à sombra da soberba.
O Irã é não apenas aliado do Hezbollah, mas o principal financiador do grupo e fornecedor de armamentos, além de treinamento dos seus integrantes. Os Estados Unidos, que defendem um cessar-fogo e simultaneamente fornece bilhões de dólares em armamentos a Israel, considera o Hezbollah um grupo terrorista.
É necessário que a Casa Branca se pronuncie sobre como classifica o genocídio praticado em Gaza e o ataque com pagers e walkie-talkies com explosivos no Líbano. Se essas ações não podem ser rotuladas como terroristas, que os EUA expliquem o que são. Não se trata de defender um lado e demonizar o outro, mas de manter a coerência. Ou será que terrorismo praticado por aliado é passível de justificativa?
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