O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, foi designado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para chefiar a delegação brasileira na cúpula do BRICS, que acontecerá em Kazan, na Rússia, entre terça (22) e quinta-feira (24). Lula sofreu um acidente doméstico e cancelou viagem à Rússia.
Por precaução, os médicos recomendaram que o presidente evite viagens de longas distâncias. Ele segue trabalhando normalmente em Brasília, despachando no Palácio da Alvorada, e participará da reunião de chefes de Estado da cúpula do BRICS por videoconferência.
A Rússia, que preside o BRICS neste ano, informou que 32 países confirmaram presença na cúpula em Kaza, sendo 23 chefes de Estado. Dos dez membros plenos, apenas o Brasil e a Arábia Saudita não terão os respectivos representantes máximos. Os sauditas serão representados pelo ministro de Relações Exteriores.
Este será o primeiro encontro do BRICS com os novos membros que ingressaram no bloco neste ano. Formado até então por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o BRICS agora conta também com Irã, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito e Etiópia como membros plenos.
Além disso, existe a expectativa de novos parceiros serem anunciados como membros associados. O Brasil, por orientação de Lula, vetará o ingresso da Venezuela no bloco econômico.
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Há a expectativa de que os integrantes do grupo discutam medidas para reduzir a dependência do dólar no comércio entre os países, além de ações para fortalecer instituições financeiras alternativas ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e ao Banco Mundial, controlados principalmente por potências ocidentais.
O tema é de extremo interesse aos países que não integram o bloco, uma vez que o BRICS tem o papel de contornar entraves e embargos impostos pelos Estados Unidos e aliados ao avanço comercial e tecnológico da China.
Países que sofrem bloqueios econômicos de potências ocidentais – como Irã e Rússia – necessitam do bloco para contornar amenizar a asfixia financeira decorrente das sanções. Enquanto isso, Brasil deve se equilibrar entre os dois principais blocos geopolíticos em disputa para colher benefícios comerciais e tecnológicos.
Estima-se que o Brics concentre cerca de 36% do Produto Interno Bruto (PIB) global, superando o G7, grupo das maiores economias do planeta com Estados Unidos, França, Reino Unido e Alemanha, que concentra cerca de 30% do PIB mundial. Além disso, o Brics concentra cerca de 42% da população global. (Com ABr)
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