Bolsonaro aposta na vitória de Trump para barrar entrada de ministros do STF nos Estados Unidos

Inelegível até 2030 e responsável maior pela fracassada tentativa de golpe de Estado, em 8 de janeiro de 2023, Jair Bolsonaro busca insistentemente uma forma de manter-se na vitrine política, enquanto a extrema-direita avança em processo de fragmentação.

A mais nova sandice de Bolsonaro passa pela eventual vitória do antidemocrático Donald Trump na eleição presidencial norte-americana, cujos resultados devem sair nos próximos dias. O golpista verde-louro espera que Trump, caso eleito para uma nova temporada na Casa Branca, acione a alavanca da ideologia e casse os vistos de entrada dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), em especial do ministro Alexandre de Moraes, relator das ações penais decorrentes do 8 de janeiro.

O delírio de Jair Bolsonaro ultrapassa as fronteiras do absurdo, pois a soberania brasileira não pode ser violada, quiçá por um cidadão do naipe de Trump, que ao perder a eleição anterior incentivou a invasão do Capitólio, a exemplo do que fez a turba bolsonarista em Brasília.

Uma vitória de Donald Trump serviria para alimentar os anseios do empresário Elon Musk, que no Brasil foi obrigado a acatar as decisões do STF para ter a rede social X (antigo Twitter) liberada para os internautas brasileiros. Musk, que despejou muito dinheiro na campanha de Trump, espera estocar o Supremo a partir de eventual triunfo do republicano. Puro desatino!


 
A sandice bolsonarista vai além. A extrema-direita já fermenta nos bastidores um projeto descabido que faria de Eduardo Bolsonaro, o “Dudu Bananinha” (a alcunha foi dada pelo senador Hamilton Mourão), uma espécie de “chanceler informal” do Brasil junto à Casa Branca.

Dudu Bananinha acredita que por ter desempenhado a função de “fritador de hamburguer” no estado americano do Maine pode ser o elo da extrema-direita brasileira com eventual novo governo Trump. Em um dos muitos enlevos do clã Bolsonaro, Bananinha já alimentou a ideia de ser embaixador do Brasil em Washington.

Paralelamente, nas coxias do Congresso Nacional, Bolsonaro tenta negociar a aprovação de um projeto de anistia aos golpistas, em troca de apoio político aos candidatos ao comando da Câmara dos Deputados e do Senado.

A ignorância jurídica de Bolsonaro é compatível com sua delinquência intelectual. Qualquer projeto de anistia aos golpistas do 8 de janeiro, se aprovado, será derrubado pelo STF por flagrante e inquestionável inconstitucionalidade. Quando for preso por golpismo, Bolsonaro terá tempo de sobra para delirar. Sonhar não paga imposto!

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