Golpista, Bolsonaro pediu pacificação do País; PF colocou ex-presidente a um passo da prisão

A Operação Contragolpe, deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira (19), levou à prisão um agente da corporação e quatro militares de alta patente que planejaram assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ação criminosa cujo objetivo era pavimentar o caminho para um golpe de Estado.

O planejamento do plano criminoso contou com a anuência do ex-presidente Jair Bolsonaro, um golpista convicto que desde 2018, muito antes da campanha presidencial, vem merecendo tal adjetivo por parte do UCHO.INFO, apesar de todos os ataques que sofremos à época.

Bolsonaro é um delinquente intelectual conhecido que jamais poderia ter chegado ao cargo mais alto do País, colocando sob ameaça constante a democracia e o Estado de Direito. Além disso, trata-se de um oportunista desqualificado que não merece crédito algum.

É importante destacar que recentemente, na esteira de populismo nauseante, Bolsonaro sugeriu a pacificação do País, como se verdadeiro fosse seu apelo. A pacificação sugerida só será alcançada quando todos os golpistas, a começar pelos militares, estiverem atrás das grades, a exemplo do que ocorreu na Argentina, que não se curvou diante das ameaças veladas da caserna.

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As investigações da Polícia Federal não deixam dúvidas a respeito da participação de Jair Bolsonaro no planejamento do golpe, que não prosperou por incompetência dos seus artífices e pela falta de adesão de militares que respeitam a democracia, que, é importante frisar, são muitos.

De tal modo, o ex-presidente precisa ser preso o quanto antes, como forma de sufocar o movimento golpista, que, como afirmamos em várias ocasiões, continua em marcha nas catacumbas da extrema-direita. Encarcerados já deveria estar Walter Braga Netto e Augusto Heleno, ambos adeptos do golpismo

Com a eleição de Donald Trump, que em breve retornará à Casa Branca, Bolsonaro passou a alimentar a esperança delirante de, a partir de Washington, pressionar o STF para evitar uma condenação que é dada como certa.

Da mesma maneira, o ex-presidente apostava na aprovação de uma anistia a todos os envolvidos no fatídico 8 de janeiro, medida que, se aprovada pelo Congresso Nacional, será derrubada pelo Supremo por flagrante inconstitucionalidade. Diante do desdobramento da Operação Contragolpe, votar a favor de tamanho absurdo é suicídio político.

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