
A Advocacia-Geral da União (AGU) informou, nesta segunda-feira (2), que a Justiça Federal em Brasília determinou o bloqueio de R$ 23,8 milhões em bens de investigados pela fraude em descontos irregulares nos benefícios de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). De acordo com o órgão, os valores serão usados para o ressarcimento das vítimas.
A indisponibilidade de bens e ativos financeiros foi determinada pela juíza federal Luciana Raquel Tolentino de Moura, da 7ª Vara Federal do Distrito Federal, e envolve os bens e ativos financeiros de duas empresas e os respectivos sócios.
Em maio, a AGU pediu o bloqueio de R$ 2,5 bilhões de 12 entidades associativas e 60 dirigentes. Por determinação da juíza, o caso foi fatiado em 15 ações para facilitar a análise dos pedidos.
As fraudes são investigadas na Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, que investiga um esquema nacional de descontos de mensalidades associativas não autorizadas. Estima-se que cerca de R$ 6,3 bilhões foram descontados de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024.
As ações judiciais fazem parte do trabalho do grupo especial montado pela AGU para buscar a recuperação do dinheiro descontado irregularmente dos aposentados.
Aguardando a PF
Muitos envolvidos no esquema criminoso que lesou aposentados e pensionistas continuam recolhidos, à espera de agentes da Polícia Federal baterem à porta. Alguns envolvidos têm domicílio na cidade de São Paulo usaram lojas de automóveis de luxo para lavar o dinheiro, em clara tentativa de apagar o rastro do produto do crime.
Outros alarifes valeram-se de escritórios de advocacia para “esquentar” parte dos recursos desviados, em uma operação “bate e volta” de pagamentos em valores tão absurdos que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) acabou suspeitando das movimentações.
Em outra ponta do escândalo aparecem deputados e senadores, como antecipou o jornalista Lauro Jardim, de O Globo, no último final de semana. Um senador acusado de envolvimento no esquema destinou parte dos recursos furtados dos beneficiários do INSS para a aquisição de várias fazendas, postos de combustíveis e caminhões.
Caso as investigações avancem sem qualquer tipo de interferência por parte do governo, muitos políticos e empresários receberão em breve a visita de policiais federais logo nas primeiras horas da manhã. A desfaçatez dos envolvidos é tamanha, que alguns sequer se preocuparam com a repentina mudança do padrão de vida. O UCHO.INFO já tem um parlamentar da região Nordeste e um empresário paulistano na mira. (Com ABr)
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