Governo brasileiro avalia como positiva reunião em Washington sobre tarifas

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, se reuniu nesta quinta-feira (16) com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, na Casa Branca, para dar início às negociações sobre as tarifas de 50% impostas pelo governo americano a produtos brasileiros exportados ao país.

Inicialmente, Vieira e Rubio se reuniram a sós durante 15 minutos. Na sequência, juntaram-se à mesa integrantes de ambos os governos. Os americanos foram representados, por exemplo, pelo oficial do governo Jamieson Greer, além de integrantes do Departamento de Estado. Do lado brasileiro, estiveram presentes diplomatas, como a embaixadora do Brasil em Washington, Maria Luiza Viotti.

Ao todo, o encontro durou 1h15min, mas não teve nenhuma conclusão prática, ainda que as conversas tenham sido consideradas positivas por ambos os lados pela disposição em negociar.

Integrantes do governo brasileiro avaliaram o encontro como o começo de negociações mais aprofundadas pela redução das tarifas ao país. De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, Vieira afirmou que o encontro foi “um início auspicioso de processo negociador”.

O ministro brasileiro também disse que os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump devem se encontrar em breve, ainda sem data definida.

A reunião entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos ocorreu dez dias após os presidentes de ambos os países conversarem por meio de chamada de vídeo. O diálogo aconteceu na esteira de um breve e casual encontro entre Lula e Trump, durante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, em Nova York.

Na ocasião da chamada, o Palácio do Planalto divulgou nota informando que os presidentes discutiram as tarifas impostas pela Casa Branca a produtos brasileiros e abriram um canal de negociação entre o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e o vice-presidente Geraldo Alckmin, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.

Temas comerciais

Um integrante do governo americano informou que Brasil e EUA trataram exclusivamente de assuntos comerciais durante a reunião estendida. Não teriam sido discutidos, portanto, assuntos como a Venezuela ou a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro, parte da justificativa de Trump para o tarifaço.

Do lado brasileiro, a ideia inicial era defender a redução das tarifas de 50% impostas pelos EUA, além do fim de sanções como a suspensão de vistos e punições financeiras a autoridades como o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

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