Guerrilha Urbana

(*) Gisele Leite

A não declarada guerrilha urbana no Rio de Janeiro, em 28 de outubro de 2025, traduz um cenário convulsivo, pois por conta de duas operações policiais no complexo da Penha e no complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro.

A facção chamada de CV fechou diversas vias na Cidade Maravilhosa, a Linha Amarela, a Linha Vermelha e tantos outros lugares, além de saques em supermercados e outros confrontos armados nos mais variados pontos da cidade.

O crescente problema da criminalidade organizada, bem como a expansão de milícias e a disputa por territórios entre facções como o Comando Vermelho e o Terceiro Comando.

Em 27 de outubro de 2025, um confronto entre facções em Costa Barros resultou em mortos e presos, com apreensão de fuzis e veículos.

A guerrilha urbana resulta em incêndios em ônibus e caminhões atravessados nas principais vias da cidade.

O cenário cotidiano dentro das comunidades é comum, mas a expansão vivenciada hoje é o atestado gritante de que a segurança pública precisa de um projeto e dos convênios da União, Estados e municípios. Sessenta e cinco mortos, 81 presos e setenta e cinco fuzis apreendidos.

Hoje nos deparamos com maior ofensiva contra o Comando Vermelho, que reverberou por toda cidade.

Esperemos que o planejamento não se restrinja apenas à repressão. Que haja investimentos em políticas públicas para contingenciar a criminalidade.

No momento, vige um toque de recolher para toda população carioca.

(*) Gisele Leite – Mestre e Doutora em Direito, é professora universitária.

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