Pau mandado –
Maior cidade brasileira, palco de um dos mais complexos trânsitos do planeta e habitada por 10 milhões de pessoas ou mais, São Paulo é o alvo predileto dos irresponsáveis e incongruentes. No último domingo (14), a Avenida Paulista serviu de passarela para a “Parada do Orgulho Gay”, evento que, segundo os organizadores, reuniu 3,5 milhões de pessoas. Acontece que a Avenida Paulista, centro financeiro do País, é a principal via de acesso a oito dos mais importantes e concorridos hospitais da capital paulista. Ou seja, interditar uma avenida como essa é um homicídio às avessas.
Como se isso não bastasse, ontem, quinta-feira (18), alunos, professores e funcionários da USP, que estão em pé de guerra com a reitoria da universidade e com o governador José Serra, ocuparam a Avenida Paulista para protestar. Mas isso não é tudo. Hoje, sexta-feira (19), como se a Avenida Paulista fosse o quintal da casa da “Mãe Joana”, a União Nacional dos Estudantes (UNE), a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizam, a parir das 10 horas, ato em defesa do petróleo e da Petrobras. Missa encomendada contra a CPI Petrobras/ANP. Em tempo: a estatal petrolífera contribui financeiramente com todas as entidades participantes do protesto.